História para acreditar
Antuérpio de Oliveira era um tipo cortês: cedia o assento aos mais velhos no ônibus, cumprimentava a todos na chegada ou na saída da repartição. Como toda gente educada, esperava um sorriso de bom dia mais que dia:
Antuérpio de Oliveira era um tipo cortês: cedia o assento aos mais velhos no ônibus, cumprimentava a todos na chegada ou na saída da repartição. Como toda gente educada, esperava um sorriso de bom dia mais que dia:
Nome. Onde mora? Idade. Estuda? Pra quê? Sexo?… Quantas vezes vai ao cinema? Se dá bem com seus pais? Time. Tem AIDS? Amigo morto em chacina? Fuma? Cheira? Namora ou fica? Mãe solteira ou pai precoce? Último livro
Ninguém sabe como foi, porque ninguém lá estava. A não ser os mais antigos; os que construíram isso tudo que herdamos. Era mato, era chuva. Era gente pobre escondida para não ser achada e viver em paz.Mas
Porque a vida não nos serviu inteira, Aurora, fizemo-nos assim, lutadores de muitos setembros e imensos perigos. Revolvemos a noite com seus astros emergentes e fizemos, dos olhos poentes, luminárias de uma história que a luz dos homens sempre
Entre Rita e meus olhos, existe um fuzil. Assim começa um poema de Mahmud Darwish, poeta Palestino que teve a família expulsa do seu território por tropas israelenses. Segundo a afirmação de outro Palestino, o intelectual Edward
Comecemos pelo nome, que nele há muito da coisa nomeada: Arroyo – assim com ípsilon, que é para nos dar a impressão de que algo de nossa pátria latino-americana habita esse nosso chão. Quem diz arroyo diz correnteza, riacho
Caminhando pelo centro de São Paulo, encontrei uma mulher com um carrinho de supermercado vazio, em cima do carrinho, uma tábua se prestava a prancheta. A mulher desenhava um Samurai e falava da sua preferência pelo desenho do