SOU NĂ“MADA E BASTA-ME
SOU NĂ“MADA E BASTA-ME Sou nĂ³mada e basta-me Beber a Ă¡gua que vem da montanha E olhar a mica do cĂ©u onde se reflectem As mutações da Coisa — o pĂ³ Que nela pousa. A teia do conhecimento
SOU NĂ“MADA E BASTA-ME Sou nĂ³mada e basta-me Beber a Ă¡gua que vem da montanha E olhar a mica do cĂ©u onde se reflectem As mutações da Coisa — o pĂ³ Que nela pousa. A teia do conhecimento
Apocalypse now the horror… o megacowboy vestindo uma armadura de carapaças de armadillo Ă prova de tiro divide o mundo em adeptos do mal e cruzados do bem (em sua caixa craniana um vozerio de apostas ruge em
PĂ¡ssaro Azul hĂ¡ um pĂ¡ssaro azul no meu coraĂ§Ă£o que quer sair mas eu sou demasiado duro para ele, e digo, fica aĂ dentro, nĂ£o vou deixar ninguĂ©m ver-te. hĂ¡ um pĂ¡ssaro azul no meu coraĂ§Ă£o que
A oficina do sapateiro Em toda cidade existe uma rua na qual, se a gente presta bem atenĂ§Ă£o, acharĂ¡ certa tenda muito antiga. O recinto Ă© pequeno, e tĂ£o escuro que seu teto se funde com as
Matadouro do Dia Avisem os tristes da cidade: darei de beber de meus olhos perfurados A quem ficar ao meu lado. Darei de comer de meu corpo torturado aos nus e desesperados. Venham beber o vinho amargo da
Quintal, mundo sem fim Quintal tem som de sol nascendo, tem cheiro de musgo, de sabĂ£o em pĂ³. Tem caos instalado, organizado. Brilho de coisa velha, cor de roupa no varal, coisa quebrada. Quintal tem sabor de chuva.
Amor italiano A questĂ£o central Ă© que o Roberto estava apaixonado pela Neide hĂ¡ pelos menos duas semanas. Ela trabalhava como vendedora de sorvete italiano numa mĂ¡quina que ficava na porta de um 1,99 na Rua Visconde de
Aconteceu em Cravinhos: O TREM E A ROUPA (ou A Segunda Vez Que Eu Ia Fazer a Primeira ComunhĂ£o) Era um sĂ¡bado incomum. HĂ¡ um bom tempo eu estava Ă s voltas com os preparativos
Para quem morreu de pé Para quem morreu de pé minha ternura, minha flor, um esgarçado de nuvem para quem morreu de pé. Para quem foi enforcado o meu gemido, a minha dor, no incruento desse crime as