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Prosa@Poesia
Atitude

Atitude

Atitude   Minha esperança perdeu seu nome… Fechei meu sonho, para chamá-la. A tristeza transfigurou-me como o luar que entra numa sala.   O último passo do destino parará sem forma funesta, e a noite oscilará como um dourado

Soneto da fiel infância

Soneto da fiel infância

Soneto da fiel infância     Tudo que em mim foi natural — pobreza, Mágoas de infância só, casa vazia, Lutos, e pouco pão na pouca mesa — Dói na saudade mais que então doía.     Da lamparina

A Viela

A Viela

A Viela     Falam em calão grosseiro uma remeira e um vadio, bairrista,pernalta,esguio, que outrora foi marinheiro.     Descanta-se ao desafio na loja dum taberneiro; enquanto, na esquina, o candeeiro vela tristonho e sombrio.     Tossindo,um

Fanatismo

Fanatismo

Fanatismo   Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida. Meus olhos andam cegos de te ver! Não és sequer razão do meu viver, Pois que tu és já toda a minha vida!   . Não vejo nada assim enlouquecida… Passo no

Duas Almas

Duas Almas

Duas Almas     Ó tu que vens de longe, ó tu que vens cansada, entra, e sob este teto encontrarás carinho: Eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho. Vives sozinha sempre e nunca foste amada…   .

Do desejo (XVI)

Do desejo (XVI)

Do desejo (XVI)   Devo viver entre os homens Se sou mais pêlo, mais dor Menos garra e menos carne humana? E não tendo armadura E tendo quase muito do cordeiro E quase nada da mão que empunha a

Noite de Novembro

Noite de Novembro

Noite de Novembro   Escuta… num som fraco e seco, como passos de fantasmas que passam, as folhas, crispadas pela geada, destacam-se das áevores, e caem.   Adelaide Crapsey – Videntes e sonâmbulos – coletânia de poemas norte-americanos Trad.