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Prosa@Poesia
ÉGUAS

ÉGUAS

ÉGUAS     furiosas belas pelas invernadas como rosas elas em disparada mas um balanço leve como se só o vento movesse-lhes as ancas em seus movimentos éguas vermelhas negras e brancas rosas pedreses baias e pampas as suas

VOLÚPIA

VOLÚPIA

VOLÚPIA     No divino impudor da mocidade, Nesse êxtase pagão que vence a sorte, Num frêmito vibrante de ansiedade, Dou-te meu corpo prometido à morte!   A sombra entre a mentira e a verdade… A nuvem que arrastou

Senhora Dona de Vilarana

Senhora Dona de Vilarana

Senhora Dona de Vilarana   Em Vilarana a maré era dona de tudo. Muito embora, de meia em meia hora, o relógio da igreja repartisse o tempo com ponteiros de aço mal concertados; sempre a cargo do zelador Bibiano

Elogio do Mundo

Elogio do Mundo

Elogio do Mundo   Meu sangue e minha carne estão no mundo como a raiz das árvores na terra. Bicho que sou, apenas me deslumbra o amor da vida amarga verdadeira.   Sinto meus estes dias perturbados pelo sal

Fim do Céu

Fim do Céu

Fim do Céu   Sonha em jogar os olhos nas profundezas da cidade próxima sonha em dançar no abismo em ignorar os dias que devoram as coisas, os dias que engendram as coisas sonha em levantar, em fluir como

A Cólera – Esperança

A Cólera – Esperança

A Cólera – Esperança   Atiro-a contra quinas erguidas desta madrugada, contra estes edifícios enormes,parados contra o cinza do céu sujo como o sabão que lava o piso dos botequins ao fim da noite.   Atiro-a contra o cansaço

Amor embalado no freezer

Amor embalado no freezer

Amor embalado no freezer   Outono chegou. A estação me faz introspectar. Gosto do outono, junto com as folhas que cobrem o chão, abro as cobertas sobre meu corpo frio e vou caindo em mim, sobre as peças que

Retrato

Retrato

Retrato   Quando menino encompridava rios. Andava devagar e escuro — meio formado em silêncio. Queria ser a voz em que uma pedra fale. Paisagens vadiavam no seu olho. Seus cantos eram cheios de nascentes. Pregava-se nas coisas quanto

Velho Celulóide

Velho Celulóide

Velho Celulóide     Caixeirinhos do Grandela, costureirinhas da Sé, futuras mães de família obesas, trinados de meninas da rádio, saloias românticas, lavradores de cena, pais tiranos,casas apalaçadas,serviçais complacentes, negreiros de boa alma,algumas tabernas e algumas guitarras.     Pontos

O FERREIRO E OS MELROS

O FERREIRO E OS MELROS

 O FERREIRO E OS MELROS     Prólogo: O livro Fifty Tales (com versão em Inglês -FOLK-TALES OF ANGOLA) e em Kimbundo-[BILINGUE], do editor Heli Chatelain foi publicado em 1894(há 120 anos!!!).Tal livro foi mencionado pelo mestre Câmara Cascudo,