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Prosa@Poesia
Fluxo de memória

Fluxo de memória

      A casa era pequena, mas só fisicamente. A cada momento chegavam mais pessoas e, todos cabiam confortavelmente. Inexplicável. Era noite de música por lá e, mesmo sabendo disso, a festa me surpreendeu. Não esperava toda aquela movimentação. A

A Casa do Homem

A Casa do Homem

                                                                                  Óculos       Eu uso óculos desde os seis anos. Vinte anos, portanto. Confesso que hoje em dia (acho eu) não precisaria mais. Acredito enxergar bem sem as lentes. Mas o costume é algo importante na vida dos homens.

Folhas mortas de sono

Folhas mortas de sono

      Há folhas mortas de sono. É outono, então dormem pelas calçadas, pelos parques. Ao sabor dos ventos, sonham que têm asas. Sonham sonhos verdes, terras fecundas. Que nunca tenham pesadelos de árvore derrubada. Que pisadas, transformem férteis as

Houve um tempo….

Houve um tempo….

      Houve um tempo em que eu era andarilho. Ainda estudante, vivia batendo perna pelo Recife. Minhas primeira andanças começaram quando ainda estudava no Colégio São Luís, nas Graças. Muitas vezes voltei para casa a pé. Morava no fim

Ironias da guerra

Ironias da guerra

1. Tomou, então, Jesus, os dois peixinhos e distribuiu-os a tantos quantos queriam.       Querido pai, querida mãe. Tudo bem por aqui. A guerra está uma beleza! Esta tecnologia bélica é mesmo surpreendente. Dá gosto ver os estragos que

Diário da noite

Diário da noite

      “Enquanto despertava nossas sombras descobriu o significado de si mesma”. Assim escreveu Clarice Lispector, viajante da noite de sua angústia estranha, sobre a vertigem de beirar abismos, em que se compraz certa categoria de artistas. Às vezes é

Programa em ação

Programa em ação

Surpreendida e exausta deixo o poema mancando oprimido, sem fala, sobre o chão do papel. Vem do governo interno do mundo o meu medo dos escombros. Vem do frio no corpo das ruas, das vidas descalças e nuas o

O HOMEM QUE SABIA JAVANÊS

O HOMEM QUE SABIA JAVANÊS

      Em uma confeitaria, certa vez, ao meu amigo Castro, contava eu as partidas que havia pregado às convicções e às respeitabilidades para poder viver.       Houve mesmo uma dada ocasião, quando estive em Manaus, em que fui obrigado

A CASA DO HOMEM

A CASA DO HOMEM

      Vinha eu reparando uma conversa entre duas pessoas, dia desses, num ônibus do transporte coletivo. O assunto era a corrupção na política. Como me interesso no assunto, fiquei a ouvir e, como tento não ser chato, não expressei