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    Tag: poesia

    • POMAR ABANDONADO

      No pomar abandonado onde pessegueiros velhos se curvam para o chão, cabras ávidas, de pé nas patas traseiras, quebram galhos cobertos de frutos verdes e ficam a roer tranquilamente as folhas.   Os cabritinhos lamentosos andam em volta das mães indiferentes. Às vezes atiram-se às tetas úberes e mamam, aos trancos do focinho sequioso.   […]

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    • A BOIADA

      A caminho dos portos e dos curros, fazendo curva ou retidões de réguas, desce a boiada, aos corcovões e esturros, vencendo estradas de noventa léguas.   Vem das pastagens de Inhamuns*. E, entre urros, a poeira, e as filas de alazões e de éguas, erguem-se dorsos, babam-se chamurros, chocam-se chifres, num fragor sem tréguas.   […]

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    • A canção do bongô

      Esta é a canção do bongô:   – Aqui o que mais fino for, responde, se o chamo eu. Uns dizem: agora mesmo, outros gritam: já me vou.   Porém, meu repique bronco e minha profunda voz chamam o negro e o branco que dançam o mesmo Son*, pele parda e alma negra, mais de […]

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    • Cravos de abril

      Os cravos portugueses Sagraram-se Pelo sangue derramado De negros e alvos.   Os cravos, o povo português Os porta à mão como quem empunha um fuzil. E ao cravá-los na lapela, Pulsa-lhes um segundo coração.   Os cravos portugueses São perfumados e encarnados De hastes altas, altivos mastros. Na primavera suas pétalas São jorros rubros […]

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