Prostitutas discutem com um travesti drogado e os edifícios obturam o horizonte com cortinas e televisões ligadas. O lixo amontoado sobre a calçada vai tomando o asfalto, no prédio em frente, alguém parece ameaçar um salto, e alguém lá embaixo passa com uma capa de estrelas douradas, destas que voam sob a Copa do Mundo.

      Quando o jornalismo diário anuncia que uma mulher causou um incêndio ao queimar uma carta de amor, olho para as paredes sem pintura e penso – talvez amanhã eu compre um vaso com rosas azuis.