Um santo austero
violenta tua sala morta
e nem sabes
que a prata queima seu brilho
entre verdes umidades.

Guardas junto
às tuas paredes
as memórias
e tudo cheira a omissão
e violamento.

Brutalizam teu quintal
os muros
e as flores perdem
todo alvitre e fulgor.

Sobre fortunas e terror
foste escrito
e sobre braços profanados
pousaram teu leito
e ladrilhos…

Todavia,
tuas próprias lajes
medem teu tempo
e espaço: ao findarem os
séculos,
perderás toda a cor e
isolamento.