Poema andino
4 de abril de 2003
São cinco séculos, Aurora,
cinco séculos de infelicidades
de um povo de cá das bandas da América.
Cinco séculos de nossos nomes
gravados nas criptas de monarcas
e generais,
enfileirados desde o Rio Grande
até as redondezas da Terra do Fogo.
Cinco séculos, Aurora,
Cinco séculos de uma guerrilha
não declarada
contra uma morte
à espera de extrema-unção.