Raio de manhã, essa!
Quem pode com toda essa luz invadindo assim a planície?

Uma cortina. Preciso de uma cortina.
E essa música?
Ah, vizinhos, vizinhos…
Quanto pode suportar um indivíduo tanta matéria a roçar,
zunir, assoviar de gozo nas madrugadas secas?

Ser um e ser mil.
Saber-se grão em meio à poeira que um qualquer vento leva,
e faz voltar,
e faz partir, quando se quer ficar, permanecer.
Ser uno estilhaçado, nau de frota sem porto,

semente de trigo

que,
se não fenece,
brota da morte de si para a vida de muitos pendões…

Senhor!
Onde a paz vegetal de ser só corpo?