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    Antirracismo

    Minha Desgraça

    Minha desgraça não é ser poeta, Nem na terra de amor não ter um eco… E, meu anjo de Deus, o meu planeta Tratar-me como trata-se um boneco… Não é andar de cotovelos rotos, Ter duro como pedra o travesseiro… Eu sei… O mundo é um lodaçal perdido Cujo sol (quem mo dera!) é o […]

    POR: Redação

    1 min de leitura

    Minha desgraça não é ser poeta,
    Nem na terra de amor não ter um eco…
    E, meu anjo de Deus, o meu planeta
    Tratar-me como trata-se um boneco…

    Não é andar de cotovelos rotos,
    Ter duro como pedra o travesseiro…
    Eu sei… O mundo é um lodaçal perdido
    Cujo sol (quem mo dera!) é o dinheiro…

    Minha desgraça, ó cândida donzela,
    O que faz que meu peito assim blasfema,
    É ter por escrever todo um poema
    E não ter um vintém para uma vela.
     

    Lira dos Vinte Anos – Álvares de Azevedo
    Editora Martins Fontes
    Edição preparada por Maria Lúcia Dal Farra 1996

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