A Guerrilha do Araguaia saiu do porão do esquecimento, onde ficou durante tantos anos submetida a um controle por quem temia que ela – como tantos outros acontecimentos que marcam negativamente a imagem das Forças Armadas – chegasse ao conhecimento das gerações futuras. Apenas os que tinham coragem e não temiam a repressão divulgavam o que por duas décadas aconteceu neste país e na América Latina de uma maneira geral.

O silêncio dos militares se explica pelo temor de um julgamento ante a História; e procurou de todas as maneiras apagar, literalmente, esse capítulo de nossa memória. Muito se disse, através da mídia, sobre os trabalhos iniciais sobre esse movimento excluírem propositadamente, ideologicamente, as opiniões dos militares. Na verdade, eles simplesmente não se dispunham a falar sobre esse tema.

Não só se recusavam a comentar, como tentavam, de todas as maneiras, apagar todos os registros oficiais que levassem à comprovação da existência de uma guerrilha naqueles rincões do Brasil, naquele tempo profundamente esquecido e entregue ao banditismo, à pistolagem e à grilagem.

Os militares não “perderam a guerra do discurso”, como se ouve dizer, para desqualificar as pesquisas sobre o tema. Eles se omitiram dela, procuraram negar a História para esconder, inclusive, o rito macabro de desenterrar cadáveres e queimá-los no ponto mais alto da Serra das Andorinhas, no sul do Pará. Ao contrário dos relatos do chamado “Dossiê Araguaia”, divulgados no livro A Lei da Selva, de Hugo Studart, sequer se deram ao respeito de valorizar e respeitar seus inimigos. Aqueles que assim o fizeram temeram o julgamento da História, não fizeram jus à condição de oficial de uma estrutura militar que deveria se orgulhar de seus atos. Mas não somente esse Dossiê, como também as declarações do coronel Lício Augusto Ribeiro, apresentadas no livro de Luiz Maklouf Carvalho, O Coronel Rompe o Silêncio.

O Dossiê Araguaia foi elaborado por personagens que estiveram em um dos lados da luta. Portanto, está completamente repleto de informações que refletem as concepções ideológicas daqueles que os elaboraram. Seria por demais ingenuidade imaginar que isso não pudesse acontecer com um episódio que envolve tantos mistérios e segredos. Exatamente por ele refletir a complexidade de uma época que, se não a entendermos, jamais teremos possibilidade de compreender o que foi a Guerrilha do Araguaia e outros fatos marcantes das décadas de 1960 e 1070. Mas são documentos importantes para a História e para a pesquisa científica.

O trabalho do pesquisador é confrontá-los, buscar mais informações, testemunhas, juntar todas as evidências de um lado e de outro que possam levar a uma conclusão. Que jamais será a definitiva, pois sempre haverá outro pesquisador tentando ir além do já encontrado. Grandes batalhas do passado, em civilizações inclusive já desaparecidas, ainda hoje são objetos de pesquisas; não será, portanto, este ou aquele livro que dirá a verdade definitiva sobre a Guerrilha do Araguaia. Até porque o relativismo está presente em tudo, e isso nos impede de absolutizar esta ou aquela conclusão, este ou aquele trabalho.

É verdade que ser isento sobre um tema tão controverso como esse é praticamente impossível, mas devemos nos esforçar pelo menos para sermos honestos em nossas investigações e conclusões. Mesmo porque cada indivíduo carrega valores ideológicos que definem sua maneira de ver o mundo e interpretar determinadas realidades.

Dina e Osvaldão – Sempre que surgem novas versões sobre a Guerrilha do Araguaia alguns personagens recebem uma menção especial, e tentam apresentá-los de várias maneiras, às vezes procurando desvalorizar o valor dos objetivos pelos quais lutavam ou tentando desmistificá-los diante do imponderável. Vale destacar algumas figuras marcantes e bastante queridas pela população que vivia entre Xambioá (TO) e Marabá (PA): Helenira Rezende, João Carlos Haas, Osvaldo Orlando da Costa e Dinalva Oliveira Teixeira.

As histórias sobre Dina e Osvaldão dariam um livro à parte. A mais verossímil sobre Dina é de que ela teria sido presa e levada a Brasília, provavelmente ao Pelotão de Investigação Criminal, local para onde foram encaminhados vários presos políticos. Ali ela teria sido morta após ser submetida à tortura. Há um depoimento importante do senhor Antonio Veloso – camponês e guia que por muito tempo conviveu com os militares na base da Bacaba, na Transamazônica Merece mais credibilidade do que um diálogo imaginário descrito por um pretenso agente que teria ludibriado Osvaldão e Dina, constante do Dossiê Araguaia e divulgado no livro de Studart.

Ainda segundo o dossiê, Osvaldão teria sido traído por um morador da região, seu amigo, na verdade um agente infiltrado entre os guerrilheiros. Esse agente – que se chamaria Ivan – a meu ver, não passa de uma ficção. Os militares se infiltraram na região após a guerrilha ter se iniciado e, provavelmente, da segunda para a terceira campanha. Àquela altura esses dois já conheciam todos os moradores daquela região, principalmente o Osvaldão que nela vivia desde 1966 e conhecia e era conhecido por todos em um raio de 200 quilômetros. Ele estava ali desde aquela data exatamente para ter o conhecimento detalhado de toda a região e de todos os seus habitantes. Que não eram em grande número, apenas viviam dispersos dentro da mata, ou em pequenas vilas. Entre Marabá e São Geraldo, havia um único município: São Domingos das Latas, hoje São Domingos do Araguaia. Os demais eram povoados e distritos. Portanto, em pleno confronto, jamais um guerrilheiro da experiência de Osvaldão iria se deixar enganar por um morador que na verdade seria um agente. Os traidores dos guerrilheiros eram moradores conhecidos, que tinham mesmo a confiança de Osvaldão, mas de outros guerrilheiros. Sucumbiram à recompensa oferecida pelos militares e enganaram os antigos amigos.

Nas versões apresentadas pelos militares sobre o número de guerrilheiros mortos, a conta pode ser correta, mas não é possível considerar todos os mortos como guerrilheiros, tentando fazer parecer que os moradores da região mortos, muitos deles sob tortura, eram integrantes da guerrilha. Isso aconteceu principalmente na terceira campanha, quando alguns foram feitos prisioneiros, acusados de esconder informações que levassem os militares até os guerrilheiros. Vários deles tinham uma forte relação com alguns guerrilheiros e, por essa razão, foram submetidos a sessões de tortura. Alguns não suportaram o tratamento de “choque”, literalmente “desaparecendo” sem deixar notícias, e obviamente entraram para a lista de guerrilheiros mortos ou desaparecidos, mas não eram combatentes, à exceção de alguns. Essas informações podem ser atestadas em vários depoimentos obtidos por mim na região e a que pude ouvir de vários moradores quando estive ali pela última vez para completar minhas pesquisas.

Outro argumento usado pelos militares para desqualificar os guerrilheiros e sua luta era apontá-los como desprovidos de sentimentos e movidos por sentimentos de vingança, vitimando inclusive, segundo essas versões, seus próprios companheiros. Justiçamentos de fato não são novidade em conflitos violentos, que carregam uma forte dose de ódio e são movidos por uma enorme carga de ideologia. A traição sempre foi punida implacavelmente com a morte. O traidor é a figura mais execrada nesse e em muitos outros momentos das relações sociais, carregados de fortes tensões e luta de classes. Não obtive nenhuma evidência de que isso tivesse ocorrido no Araguaia. Pelo relato feito no livro de Studart, um dos guerrilheiros teria sido morto por seus companheiros diante do testemunho de seis camponeses. Isso seria de uma ingenuidade inimaginável de ocorrer em um movimento em que os guerrilheiros estavam tentando ganhar a simpatia dos moradores da região. Se tivessem de fazer justiçamentos, isso jamais teria ocorrido na presença de estranhos aos seus destacamentos. E se tantos camponeses testemunhassem tal fato, seria do pleno conhecimento da população local: eles se encarregariam de contar a todos. Nas quatro vezes em que estive na região, em nenhum momento ouvi qualquer comentário a respeito desse fato. Mas é sabido que um morador da região – conhecido e merecedor da confiança dos guerrilheiros – foi executado pelos mesmos por tê-los traído. Essa história é conhecida do povo, e a notícia desse justiçamento se tornou conhecida, mas ele teria sido feito somente em presença de guerrilheiros.

A utilização dos índios Suruí é fartamente conhecida, mas eles não foram “recrutados”, mas, sim, forçados a se tornarem guia, como, aliás, a maioria daqueles que cumpriram essa tarefa. Isso foi denunciada por Frei Gil, missionário que vivia com eles e amigo dos guerrilheiros. Frei Gil teve de fugir da área, pois fatalmente teria sido preso e torturado. Seu depoimento consta da primeira revista sobre o Araguaia publicada pelo PCdoB lá pelos idos dos anos 1980, agora reeditada. O que é inconcebível, é querer imputar aos índios Suruí a prática da degola. Essa prática, aliás, não começou na Guerrilha do Araguaia, ocorreu em Canudos e também no combate aos cangaceiros; cumpria o objetivo de reconhecer aqueles guerrilheiros mortos ou feridos dentro da mata, feitos por patrulhas que não conseguiam identificar essas pessoas, bem como de atingir o moral dos combatentes. Cortar as cabeças e as mãos era ordem de oficiais para a identificação dos guerrilheiros, e não uma iniciativa dos índios visando a obter recompensa. Isso não se encaixa no comportamento daquele grupo indígena, muito mais se considerarmos a existência de um acompanhamento de missionários sobre essa tribo. Há claramente nessas acusações, assim como nos relatos sobre as execuções, uma tentativa de transferir as atrocidades cometidas naquele conflito e que são de responsabilidade dos militares, principalmente os comandados pelo major Curió. Uma guerra suja instaurada na região a partir das dificuldades de se conter o movimento através de táticas convencionais de guerra.

Sobre a polêmica envolvendo João Amazonas, que consta desse dossiê e também do depoimento do coronel Lício Ribeiro, vale dizer que uma das táticas adotada por qualquer exército guerrilheiro é preservar as pessoas importantes ao movimento ou à organização revolucionária. Veja o exemplo do subcomandante Marcos, liderança da resistência indígena do Movimento Zapatista do México, cuja identidade sequer é conhecida e, para alguns, inclusive, são várias pessoas, ao invés de uma apenas por detrás daquela máscara. É natural os principais estrategistas ou líderes de um movimento guerrilheiro serem caçados mais intensamente; a cabeça é a primeira que deve ser cortada para conter a guerrilha. Provavelmente a decisão do grupo foi deixar Maurício Grabois e Osvaldão na região, dentre aqueles mais destacados na Comissão Militar, e delegar outras tarefas relacionadas com a preservação da organização partidária para Arroyo e Amazonas. Isso demonstrou uma decisão acertada. O equívoco foi não terem estabelecido uma rota de saída para todo o grupo com a intensificação do cerco militar.

Contrapontos ao coronel – Com base em minhas pesquisas, faço alguns contrapontos ao coronel Lício Augusto Ribeiro e teço outras considerações. Em primeiro lugar quanto ao fato de Ângelo Arroyo – em seu relatório e principal documento do PCdoB sobre a Guerrilha – não ter feito referência à maneira como Sônia morreu. Possivelmente deveu-se à ausência de testemunhas por parte dos combatentes. Sônia foi a guerrilheira que atingiu Curió e o coronel Lício. Afinal, só estavam ela, os militares e os guias. Sua história terminou sendo muito difundida por ter atingido dois oficiais, certamente contada pelos guias – muitos dos quais não se cansavam, longe dos militares, de aumentar os fatos dos confrontos com os guerrilheiros. Por terem sido forçados a se tornar guias, contar tais histórias poderia servir como uma espécie de desabafo. Daí a construção de alguns mitos, como Dina e Osvaldão. Mesmo considerando sua importância e bravura no conflito, a população da região acrescia sempre aos seus feitos um pouco de fantasia.

Primor de jornalismo – Maklouf nos brinda com um excelente trabalho jornalístico, pontua bem seus questionamentos e nos deixa com dúvidas sobre boa parte da versão apresentada pelo coronel, sem a necessidade de desmenti-la, postas à prova diante de outros depoimentos. Acima de tudo, questione-se ou não, a entrevista com o coronel Lício Augusto mostra os militares angustiados e pressionados por um silêncio inexplicável para a sociedade. Embora para nós, pesquisadores, esteja evidente a razão do medo em se falar da guerrilha, por ser uma fratura exposta na imagem das Forças Armadas, devido à brutalidade, à tortura e aos assassinatos ocorridos no afã de eliminar um conflito que já causava desgaste à ditadura militar e repercutia internacionalmente.

Boa parte das questões postas pelo coronel representa uma maneira de evitar conclusões como essa. Procura, insistentemente, apresentar uma versão que não considera as prisões e assassinatos de prisioneiros e as barbaridades e humilhações sofridas pela população da região do conflito. Embora se refira a confrontos de fato existentes, mostra-se bastante evasivo ao dizer que o papel dele era somente combater e entregar os prisioneiros, transferindo para terceiros (os índios Suruí e mateiros) a responsabilidade pela degola de guerrilheiros mortos. Por fim, o conceito do coronel de bandidos – como ele qualifica os guerrilheiros; e de resto assim os opositores eram vistos na época do regime militar – fortalece culturalmente a noção de ser bandido nesta nação. Enquanto o governo militar combatia com armas quem de armas na mão não tinha outra maneira de divergir, a estrutura do Estado brasileiro era corroída (como continua a ocorrer, desta vez com a Polícia Federal fazendo a coisa certa), dominada pelos verdadeiros bandidos, leais e cordatos ao estilo do “cosa nostra”, que defenestravam e dilapidavam a riqueza deste país, enchendo as contas dos bancos suíços e dos paraísos fiscais. E isso nunca foi segredo, embora somente agora esteja sendo possível pegar alguns.

Embora por caminhos tortuosos, nós vamos conseguindo escrever uma história que nos possibilitará superar traumas do passado. O livro de Luiz Maklouf é uma dessas peças. E o depoimento do coronel Lício Augusto – embora com todos os questionamentos a ele pertinentes –, cumpre um papel importante: a possibilidade de um encontro com nossa história para podermos averiguar o que diz cada um dos lados envolvidos. O que não se pode admitir é a tentativa criminosa de apagar de nossa memória fatos que representam a construção de uma nação, como vem sendo feito com a queima de arquivos, de documentos fundamentais para estabelecermos um parâmetro entre as versões apresentadas. Aqueles que estiveram envolvidos neste conflito, muitas vezes cumprindo tarefa contrariando suas consciências, estão chamados a prestar depoimentos e a apresentar os documentos que porventura tenham em mãos, para dessa maneira fecharmos esse capítulo da história do Brasil.

Nos últimos anos, segundo muitas reportagens de vários órgãos da imprensa – as revistas Época e IstoÉ, o Correio Braziliense –, de fato houve execuções por parte dos militares de guerrilheiros já presos e após terem sido torturados. Claro, isso não se constitui novidade – a novidade é isso ser confirmado por soldados que testemunharam tais execuções. Essa espécie de mosaico, em que vai se constituindo a História da Guerrilha do Araguaia, parece interminável.

Nos últimos dias veio à tona pelo Jornal O Estado de Minas Gerais e pelo Correio Braziliense, a existência de um “livro secreto” sobre a Guerrilha, que teria sido produzido a mando do general Leônidas Pires, e só não publicado porque teria recebido um veto do então presidente da República José Sarney. Em uma série de reportagens publicadas nos dois jornais, o jornalista Lucas Figueiredo, que teve acesso aos originais, apresenta uma versão pretensamente oficiosa dos militares. O jornalista entregará os originais à Comissão dos Direitos Humanos e Minorias, da Câmara dos Deputados, mas reconhece que muitos dos fatos contidos no chamado Livro Negro do Terrorismo no Brasil são inverossímeis e, segundo ele, a exposição do mesmo poderia prejudicar as pessoas ali citadas. Percebe-se que para driblar a cobrança permanente de divulgação oficial de documentos relativos à Guerrilha, os militares optaram por construir através desse livro uma versão que pudesse isentá-los de responsabilidades sobre pérfidos acontecimentos que cercam esse movimento guerrilheiro. Mas não se furtam em reconhecer a morte, não oficialmente admitida, de 16 guerrilheiros que se encontrariam sob responsabilidade militar. Teriam, portanto, sido de fato executados.

Anacronismo – É preciso ter bastante cuidado ao nos referirmos a esse e a outros acontecimentos daquele período. Uma das maiores “heresias” históricas é se referir a esse e a outros conflitos e não identificar como era a América Latina e o Brasil, politicamente falando, há 30, 40 anos. Evidentemente, o comportamento político era outro, os partidos de esquerda, principalmente as organizações marxistas, estavam sufocados e perseguidos, sua militância caçada e armada para a guerra. Portanto, tudo isso nos aponta para uma situação em que as decisões a serem tomadas se dessem em um clima de forte repressão e de beligerância, determinando assim táticas e estratégias que não se encaixam nas condições atuais em que vivemos.

Cada indivíduo é fruto de sua época. Seu comportamento, suas escolhas, hábitos, cultura, cada momento de sua vida é definido pela maneira como naquela época se comportam os elementos que compõem a estrutura da sociedade. Em sua base, com o funcionamento de objetos construídos sobre valores determinados por quem controla o sistema econômico, ou em nossas consciências, formando e conformando valores culturais que refletem a condução dessas construções, desses objetos. Assim, cada época só se explica por ela própria. Tentar entender acontecimentos de décadas passadas à luz de comportamentos ou de conjunturas que refletem uma realidade deste momento é um erro a que em história chamamos de anacronismo.

À luz daquele contexto histórico, e não do atual, devemos analisar tanto a Guerrilha do Araguaia como outros movimentos revolucionários, golpes, guerrilhas. As gerações passadas saberão identificar as análises honestas se o anacronismo não estiver presente nessas interpretações, e as gerações atuais não se sentirão enganadas quando confrontarem determinados textos com o conhecimento histórico que inevitavelmente advirá, mas certamente saberão que a construção da história não está isenta da contaminação ideológica.

Romualdo Pessoa Campos Filho é historiador e professor do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da UFG e autor do livro Guerrilha do Araguaia – a esquerda em armas. Editora da UFG, 1997.

Referências

AMAZONAS, João et alii. Guerrilha do Araguaia. São Paulo: Anita Garibaldi, 1996.
CAMPOS FILHO, Romualdo Pessoa. Guerrilha do Araguaia, a esquerda em armas. Goiânia, Editora da UFG, 1997.
CARVALHO, Luis Maklouf. O coronel rompe o silêncio. Rio de Janeiro, Objetiva, 2004.
GASPARI, Elio. A Ditadura Escancarada – As ilusões armadas. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
MORAIS, Tais e SILVA, Eumano. Operação Araguaia – Os arquivos secretos da Guerrilha. São Paulo: Geração Editorial, 2005.
STUDART, Hugo. A Lei da Selva. São Paulo: Geração Editorial, 2006.

EDIÇÃO 89, ABR/MAI, 2007, PÁGINAS 70, 71, 72, 73, 74, 75