Logo Grabois Logo Grabois

Leia a última edição Logo Grabois

Inscreva-se para receber nossa Newsletter

    Comunicação

    Cisnes Brancos

    Cisnes brancos, cisnes brancos, Porque viestes, se era tão tarde? O sol não beija mais os flancos Da montanha onde morre a tarde. O cisnes brancos, dolorida Minh’alma sente dores novas. Cheguei à terra prometida: É um deserto cheio de covas. Voai para outras risonhas plagas, Cisnes brancos! Sede felizes… Deixai-me só com as minhas […]

    Cisnes brancos, cisnes brancos,
    Porque viestes, se era tão tarde?
    O sol não beija mais os flancos
    Da montanha onde morre a tarde.
    O cisnes brancos, dolorida
    Minh’alma sente dores novas.
    Cheguei à terra prometida:
    É um deserto cheio de covas.
    Voai para outras risonhas plagas,
    Cisnes brancos! Sede felizes…
    Deixai-me só com as minhas chagas,
    E só com as minhas cicatrizes.
    Venham as aves agoireiras,
    De risada que esfria os ossos…
    Minh’alma, cheia de caveiras,
    Está branca de padre-nossos.
    Queimando a carne como brasas,
    Venham as tentações daninhas,
    Que eu lhes porei, bem sob as asas,
    A alma cheia de ladainhas.
    O cisnes brancos, cisnes brancos,
    Doce afago de alva plumagem!
    Minh’alma morre aos solavancos
    Nesta medonha carruagem…

     

    MOISÉS, Massaud. A Literatura Brasileira Através dos Textos. 2ª ed. Cultrix: São Paulo, 1995, p. 318-324.
     

    Notícias Relacionadas