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    Comunicação

    Águas da vida

    “Você sabe, a água não quer briga. A água não pertence à destruição”. (Sertanejo de Correntina – BA) * Há uma alegria na água que nunca cessa de jorrar. Infinita é a paz que pode ser quem consegue ser humilde como a água em seu viajar. * Toda água é humilde e cantante, a brotar […]

    POR: Brasigóis Felício

    2 min de leitura

    “Você sabe, a água
    não quer briga. A água
    não pertence à destruição”.
    (Sertanejo de Correntina – BA)

    *

    Há uma alegria
    na água
    que nunca cessa
    de jorrar.

    Infinita é a paz
    que pode ser
    quem consegue
    ser humilde
    como a água
    em seu viajar.

    *

    Toda água é humilde
    e cantante, a brotar
    da terra em flor.

    Toda água é amorosa
    e se dispõe a ser útil
    nos trabalhos do viver.

    *

    Se estupram a terra
    e tiram os cílios dos rios,
    a água reflui
    de sua boa intenção.

    Torna-se triste,
    e demuda em deserto
    e desolação.

    *

    Nos gerais do sertão
    o povo ainda canta e dança
    ao som das águas murmurantes
    ainda não violadas
    pela voz da ambição.

    “Faça teu rancho onde se canta.
    Gente má não tem canção”.

    (Shelley)

     Brasigóis Felício, é goiano, nasceu em 1950. Poeta, contista, romancista, crítico literário e crítico de arte. Tem 36 livros publicados entre obras de poesia, contos, romances, crônicas e críticas literárias.