É paradoxal, mas foi somente nas intensas lutas sociais da década de 1960 que os Estados Unidos – a maior potência econômica e militar do planeta no século XX, e também a maior potência imperialista – fizeram seu acerto de contas final com o passado colonial.

Este artigo vai abordar algumas questões referentes à trajetória dos trabalhadores estadunidenses e da compsição racial da população dos EUA ao longo do século XX, pois o espaço não permitiu considerações, embora pertinentes, sobre a classe dominante do país.

São mudanças que refletiram as exigências de uma economia industrial que se consolidava como a principal do planeta, dotada de uma numerosa classe trabalhadora. E, também, as imposições administrativas decorrentes da escala global da influência geopolítica e econômica que o país vinha assumindo.

Foram alterações intensas; já no final do século XIX, o emprego agrícola foi superado pelas ocupações urbanas. Em 1880, pela primeira vez, os trabalhadores da cidade eram da metade da população, e a tendência de queda do emprego agrícola continuaria nas décadas seguintes, até chegar, em 1970, a menos de 4% do total dos empregos no país. Entre 1910 e 1969, mostrou o analista soviético A. N. Melkonov, o número de assalariados agrícolas declinou de 3,4 milhões para 1,2 milhões.

Outra mudança significativa ocorreu no próprio emprego urbano. Ao longo do século, as contradições da reprodução capitalista fizeram crescer o número dos assalariados ocupados na administração pública e privada, nas vendas, finanças, serviços, publicidade e especialistas de todo tipo, funções requeridas por uma nação cuja classe dominante que se expandia sobre o mundo e, na esteira desse crescimento, precisava enquadrar, primeiro, seu próprio proletariado para, em seguida, atender às exigências próprias da administração de um império mundial. O crescimento do número dos trabalhadores de escritório após 1870 foi intenso. Seu número era então de apenas 82 mil no país (0,6% do total); passou para 3% do total em 1900, cinco vezes mais; em 1970, um século depois, eram 14 milhões, ou 18% do total.

Em 1900 existiam 10,2 milhões de trabalhadores manuais (operários e artesãos) e 4,5 milhões de administrativos (empregados em serviços, vendas e em escritórios). Em 1970, existiam 27,6 milhões de trabalhadores manuais (operários e artesãos) e 27,7 milhões de administrativos (empregados em serviços, vendas e em escritórios). Isto é, em 1900 os administrativos eram 30% do total; em 1970, passavam da metade: eram 50,1%.

Outro setor que teve evolução notável foi o de serviços. Em 1929, abrangia 40% dos trabalhadores; em 1967, tinha mais da metade do total: 55%. Somente entre 1947 e 1965 foram criados 13 milhões de empregos neste setor, mais de três vezes o número criado na indústria, que foi de quatro milhões de novos empregos.

A lenda da classe operária aburguesada

Há uma lenda ideológica segundo a qual a classe operária dos EUA seria uma espécie de “aristocracia operária” aburguesada, cuja forte integração ao sistema dominante teria comprometido seu espírito de luta. Esta é uma tese que interessa aos setores conservadores que jogaram no limbo a heróica história de lutas dos trabalhadores dos EUA, lutas que fixaram no calendário operário algumas datas históricas, como o Dia Internacional dos Trabalhadores (1º de Maio) e o Dia Internacional da Mulher (8 de março), rememorando enfrentamentos ocorridos no território dos EUA.

O século XX foi marcado, desde o início, pelo mesmo roteiro de lutas. Entre elas a greve dos mineiros no Colorado, em 1903, e a greve pela jornada diária de oito horas de 1906, em Bay Area, na Califórnia. Em 1914, a polícia massacrou os grevistas das minas de carvão em Ludlow, Colorado; 40 trabalhadores morreram, entre mulheres e crianças.

São apenas alguns exemplos de uma luta acentuada pela crise da década de 1930. Em 1934 houve greves de trabalhadores da indústria automobilística, de caminhoneiros e estivadores, entre outros. Em 1936 os trabalhadores da General Motors ocuparam a fábrica de Cleveland, iniciando a série conhecida como “sit-down strikes” (greves sentadas, numa tradução livre), com ocupações de fábricas. Em 1937 ocorreram 477 “sit-down strikes”, com mais de meio milhão de trabalhadores.

Após a Segunda Grande Guerra a luta de classes se intensificou e ganhou os novos contornos do anti-racismo e do anti-machismo, que cresciam desde então: em 1943 houve cerca de 242 motins raciais, em 47 cidades, entre elas Detroit, “onde 34 pessoas (25 negros e nove brancos) morreram e 700 ficaram feridas”, diz o historiador Sean Purdy.

O auge da luta operária e popular ocorreu na década de 1960: em 1963 ocorreram mais de 1.400 manifestações; só em uma semana houve protestos em 186 cidades, diz Purdy. Entre 1963 e 1968 houve 341 motins raciais, em 265 cidades.

A classe operária voltava com força ao cenário político e social, e agora era multicolorida, lutando lado a lado com negros; 1967 teve 4.595 greves; 1968, 5.045; 1969, 5.700; 1970, 5.600 (envolvendo 3,3 milhões de trabalhadores); 1971, 4.900 (com 3,2 milhões de trabalhadores).

Algumas ficaram famosas, como a da General Electric, que durou de outubro de 1969 a fevereiro de 1970, envolvendo 150 mil trabalhadores. Nesse ano houve protestos de trabalhadores negros em mais de 120 cidades. Em setembro, a greve na General Motors parou 350 mil trabalhadores. Em 1972, outra greve na General Motors em Norwood, Ohio, durou 174 dias; em Gordstown, durou três semanas.

Mudanças capitalistas

A chamada época dourada do capitalismo começava a trincar e o crescimento econômico do pós guerra dava sinais de esgotamento. A revista Business Week, um oráculo da alta burguesia, registrava os problemas reconhecendo que “cinco anos de inflação, recessão e recuperação incerta obrigaram os homens que dirigem os negócios nos Estados Unidos e os homens que fazem a política econômica nos Estados Unidos a uma dolorosa conclusão: de algum modo a nação tem que dar um salto qualitativo em eficiência. Tem que obter mais produção de seus homens e máquinas” (edição de 9/9/1972, citada por Harry Braverman).

Isto é, a burguesia queria resolver a crise aumentando da exploração dos trabalhadores acelerando o ritmo do trabalho e intensificando a vigilância. Situação que os trabalhadores não aceitaram passivamente, como reconheceu um vice-presidente da General Motors citado por Braverman, segundo o qual ocorreram greves em oito das dez fábricas onde houve esse tipo de reorganização.

O capitalismo dos EUA começava a viver as mudanças que iriam caracterizá-lo no meio século seguinte. A busca de maior produtividade, diz Braverman, levou à diminuição do contingente dos trabalhadores produtivos e ao aumento do número daqueles “utilizados nas lutas entre empresas pela distribuição do excedente”; com o aumento do trabalho improdutivo e do desemprego, toda sociedade tomou a forma, diz, “de uma pirâmide invertida que repousa em uma base cada vez menor de trabalho útil”.

As conseqüências para os trabalhadores dos EUA foram drásticas. Eles viveriam sua maior mudança desde a passagem entre os séculos XIX e XX. Para a escritora Barbara Eherenreich, desde então a estrutura social estadunidense viveu uma “mudança sísmica”.

Em busca de força de trabalho mais barata, muitas fábricas (e os empregos correspondentes) foram transferidas, primeiro dentro dos próprios EUA e, depois e crescentermente, para países principalmente da América Latina e Ásia. As perdas foram enormes em termos de postos de trabalho, queda nos salários e desemprego, diz o analista Michael D. Yates.

O fechamento ou a transferência das fábricas tirou o emprego de 11,5 milhões de trabalhadores entre 1979 e 1984, diz Barbara Eherenreich. Somente 60% deles conseguiam novas colocações, e quase a metade com salários menores do que ganhavam antes. Entre os siderúrgicos demitidos em Chicago, por exemplo, a renda caiu de 22 mil para 12,5 dólares por ano, um valor pouco acima do nível oficial de pobreza.

Com base no estudo Situação do Trabalho América, do Economic Policy Institute, de Washington, Yates fez um retrato desolador da situação atual da classe operária nos EUA.

No período anterior, entre 1947 e 1973, os salários haviam aumentado, tendência que se inverteu nos vinte e dois anos seguintes, diz Yates. Houve uma pequena e temporávia recuperação entre 1995 e 2000, mas eles voltaram a cair com a recessão de 2001, que também aumentou o desemprego.

Entre 1975 e 2005, diz Yates, os trabalhadores “tomaram uma surra”. Entre 2001 e 2005, a indústria eliminou 1,1 milhões de postos de trabalho, tendência que continuou após o fim daquela crise. O desemprego subiu estacionando acima dos 5% e os ganhos obtidos pelos trabalhadores, principalmente por negros, hispânicos e mulheres, foram corroidos. Em 2003, o salário médio por hora de um trabalhador negro representava cerca de 73% do salário de um trabalhador branco. Os hispânicos estavam em situação pior, com apenas 64% daquele valor.

Os benefícios da recuperação econômica dos anos 2000 tiveram um endereço certo: as contas bancárias dos donos do capital. A explicação para a desigualdade salarial crescente desde o final dos anos 70 é dupla, diz Yates: a queda do valor real do salário mínimo e o aumento galopante dos rendimentos dos executivos.

Em 38 anos, entre 1967 e 2005, o salário mínimo (que era de 5,15 dólares por hora em 2005) perdeu 25% do poder de compra. Enquanto isso, os ganhos dos executivos dispararam: em 1967, sua média salarial era 24 vezes maior do que a dos trabalhadores; em 2000, a média era 300 vezes maior!
Este é um dos aspectos da “mudança sísmica” descrita por Barbara Eherenreich, que desde a década de 1980 altera os “contornos de classe da sociedade americana” separando os extremos de riqueza e pobreza e afetando todos os grupos profissionais, que “começaram a desabar em direção à base da pirâmide”.

Nestas três últimas décadas o aumento da desigualdade social nos EUA foi estarrecedor. Em 1947, diz Walter Benn Michaels, os 20% mais ricos da população dos EUA tinham 43% da renda total. Quarenta anos depóis, em 1985, eles continuavam no mesmo patamar, como mostrou Barbara Eherenreich; os 20% mais pobres (com renda inferior a 13,2 mil dólares ao ano) tinham então apenas 4,7%, a menor participação desde 1960.

Desde então o fosso cresceu. Segundo Edward Wolff, professor de Economia na Universidade de Nova York, em 1998 a renda média anual das famílias nos EUA era de 62 000 dólares. Já a média familiar dos 1% mais ricos era muito maior: 12,5 milhões de dólares, ou 200 vezes mais do que a média nacional!

Wolff analisou também a concentração da riqueza. E m 1998, o 1% de famílias mais ricas detinha 38% das riquezas; os 5% mais ricos tinham 59% do total. Isto é, tinham mais riqueza do que todos os outros 95% da população somados. Eram campeões também nas aplicações financeiras: os 10% das famílias mais ricas tinham 85% do total delas. Em 2001 a situação era parecida: o 1% de famílias mais ricas detinha 45% das ações ordinárias. Assim, o “boom” acionário da década de 1990 beneficiou desproporcionalmente estas famílias mais ricas.

Em 2008, diz Walter Benn Michaels, apenas 7% das famílias estadunidenses tiveram renda anual superior a 150.000 dólares; 18% recebem mais de 100.000 ao ano. O grosso das famílias (mais de 50% do total) ganhava menos de 50.000 dólares por ano – cerca de 4.160 por mês (em torno de 8.300 reais), um salário apertado para as condições estadunidenses. Nesse ano, o governo calculava que existiam mais de 36 milhões de pobres nos EUA – cerca de 12,7% da população, quase a população da Argentina, que é de 40 milhões de habitantes.

Uma nação de cores múltiplas

Outra dimensão da mudança profunda na sociedade estadunidense ocorre nos padrões raciais de sua população. A separação rígida que opõe a população originária do norte da Europa (os anglo-saxões) aos demais segmentos (negros, índios, asiáticos e hispânicos ou latino-americanos) esteve na base do padrão de relações que emergiu ao final da Guerra Civil. “A nítida linha de demarcação entre brancos, de um lado, e negros e peles-vermelhas, de outro, favorece o desenvolvimento de relações de igualdade no interior da comunidade branca”, escreveu Domênico Losurdo. “Os membros de uma aristocracia de classe ou de cor tendem a autocelebrar-se como ‘iguais’; a nítida desigualdade imposta aos excluídos é a outra face da relação de igualdade que se instala entre aqueles que tem poder para excluir os ‘inferiores’.”

Autores estadunidenses contemporâneos (citados por Barbara Weinstein), como David Roediger (Wages of Whiteness, ou Salários da brancura), Matthew Jacobson (Special Sorrows, ou Tristezas especiais), Gail Bederman (Manliness and Civilization, ou Virilidade e civilização) ou Eric Lott (Love and Theft: Blackface Minstrelsy and the American Working Class, ou Amor e roubo: cantores de face negra e a classe trabalhadora americana) tendem a concordar com esta avaliação – a valorização do homem branco e, principalmente, da identidade branca, sinalizando um segmento superior, teve um papel determinante na estruturação daquela sociedade ainda durante pelo menos um século depois do final da Guerra Civil.

A luta contra o racismo sempre existiu, mas só passou para o primeiro plano na década de 1960, nas jornadas organizados por trabalhadores negros e brancos, “num espírito de solidariedade de classe jamais visto desde os anos 30”, diz Barbara Eherenreich.

O efeito das mudanças sobre a composição da população dos EUA teve também a dimensão do movimento “sísmico” referido por Eherenreich. Por exemplo, o número de casamentos interraciais aumentou mais de dez vezes em trinta anos, passando de aproximadamente 300 mil em 1970 para mais de três milhões em 2000 diz um estudo do Population Reference Bureau (PRB, Escritório de Referência sobre População).

A publicidade, sensível às novas tendências sinalizou a mudança. Na década de 1990, a empresa de alimentos General Mills mudou o rosto de sua mascote Betty Crocker. Criada em 1936, ela tinha pele, cabelos e olhos claros; em 1996, ficou morena, resultado da mescla, num computador, de fotos de 75 mulheres.

O país vai, aos poucos, adquirindo a cor da pele de seus vizinhos no continente americano, e a tendência mais vísível hoje é a de uma latinização ou hispanificação de sua população. Os hispânicos constituem o segmento que cresce mais rapidamente, seja pela imigração, seja pelo número de filhos.

Entre abril de 2000 e 2002, a população dos EUA cresceu 3,4%, enquanto a população hispânica aumentou 4,7%, e a negra, 2%. Nos últimos anos, mais da metade do crescimento populacional dos EUA decorre do aumento na população de hispânicos. O demógrafo William Frey estimou que, dos 100 milhões de pessoas acrescidas à população dos EUA entre 1967 e 2006, 53% eram imigrantes ou seus fi lhos, e a maio ria deles é latino-americana. Um dos resultados dessas dinâmica populacional é o fato da população hispânica ser mais jovem do que o conjunto da população dos EUA. Em meados dos anos 2000, ela tinha idade média de 27,4 anos, enquanto a média nacional era dez anos mais velha: 37,9 anos. Em agosto de 2008, o governo dos EUA divulgou uma estimativa dizendo que os brancos serão mino ria em 2042. Em 2010, os brancos continuarão sendo dois terços do total (65%), mas em 2042 perderão a dianteira; em 2050, serão 46%, menos da metade portanto. Prevê-se que somente os hispânicos serão, naquele ano, 133 milhões, sendo responsáveis por um terço do crescimento populacional projetado pa ra 2010-2050. Quando o censo começou a contabili zar os hispânicos, em 1970, eles eram nove milhões. Onde está esta nova, e crescente, população? Em 1999 o demógrafo William Frey sugeriu que em 25 das grandes regiões metropolitanas do país o predo mínio de pessoas de pele morena ou escura já se avizinhava. Elas tinham pelo menos um quarto da po pulação de origem hispânica ou asiatica, e menos de 60% de origem inglesa. Entre elas estão Los Angeles, San Diego, São Francisco, Miami e Houston, e outras menores na Califórnia, Novo México e Texas. Em 2008, dados do U. S. Census Bureau confi rmaram esta análise mostrando que, pela primeira vez hispâni cos, negros, asiáticos e outros segmentos não-bran cos somam 50% da população nas cidades centrais de todas as áreas metropolitanas do país. Constatou também uma rápida mudança, no mesmo sentido, em pequenas cidades americanas. Estas mudanças entre os trabalhadores e no per fi l social e populacional vão alterar muito a face do país. Elas criam as condições para a superação da velha divisão entre brancos e não brancos, apontan do para o encontro da nação consigo mesma, con cluindo o acerto de contas com o passado colonial, iniciado com as lutas da década de 1960.

José Carlos Ruy é editor do jornal A classe operária e membro da Comissão Editorial de Princípios

Referências
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