O presente trabalho visa analisar sob o ponto de vista teórico e empírico os principais determinantes do crescimento econômico na China nas últimas décadas, sendo que a análise histórica e os resultados apontam para o papel crucial desempenhado pela condução da política cambial, o desempenho das exportações e o papel dos fluxos de capitais, em especial sob a forma de investimento direto estrangeiro (IDE).

A economia chinesa tem se destacado quando comparada com as demais economias emergentes e em desenvolvimento, no que tange às elevadas taxas de crescimento verificadas no período pós-reforma, que se inicia a partir do final dos anos 70. Existem vários aspectos (condicionantes) associados a tal fenômeno, dentre os quais se destacam as altas taxas de investimento, a maior abertura comercial e financeira, o regime cambial rígido, investimento em capital humano, dentre outros. Tendo tais aspectos como referenciais, o foco deste trabalho recai sobre entendimento da dinâmica do crescimento econômico na China tendo por base os seguintes condicionantes: a taxa de investimento; o grau de abertura comercial; os investimentos direto estrangeiros (IDE); e a taxa de câmbio.1

A estrutura do trabalho encontra-se dividida em três seções além das considerações finais. Inicialmente será feita uma breve discussão sobre o crescimento econômico na China, de forma a ressaltar o que diz a literatura e quais são as principais evidências empíricas sobre o crescimento econômico chinês. Na seqüência, o esforço está concentrado no entendimento e na análise de alguns dados relevantes sobre os condicionantes do crescimento econômico, incluindo a formação bruta de capital fixo, os investimentos direto estrangeiros, a taxa de câmbio, o grau de abertura comercial e o desempenho das exportações. A terceira seção apresenta inicialmente uma breve revisão da literatura no intuito de justificar a escolha das variáveis a serem utilizadas na análise econométrica, e num segundo momento sistematiza os resultados da análise empírica relacionados à estimação de um modelo de vetores auto-regressivos e os testes de causalidade de Granger.

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