O setor industrial deverá liderar a expansão o consumo, passando de uma fatia de 37,4% este ano para 40,1% em 2019. Em contrapartida, o setor de transportes, estimulado por medidas de eficiência energética, reduzirá a participação de 30,6% para 29,7% no período. O setor residencial também encolherá, caindo de 10,8% para 8,6%.

Do total de investimentos previstos, R$ 214 bilhões serão feitos para a oferta de energia elétrica, sendo R$ 175 bilhões em geração e R$ 39 bilhões em transmissão. O setor de petróleo e gás natural ficará com R$ 672 bilhões, sendo a maior parte, R$ 506 bilhões, para exploração e produção. Os derivados ficarão com R$ 151 bilhões, e o gás natural com R$ 15 bilhões.

Os biocombustíveis consumirão R$ 66 bilhões em investimentos até 2019. A produção de etanol responderá por R$ 58 bilhões, a infraestrutura de dutos ficará com R$ 7 bilhões e a produção de biodiesel consumirá R$ 500 milhões.

A expansão da oferta energia até 2019 não deverá trazer grandes alterações na participação das fontes renováveis na matriz energética. A fatia dos renováveis terá leve recuo, dos 48,3% previstos para este ano, para 47,8% em 2019. Em contrapartida, as fontes não renováveis pularão de 51,7% para 52,2% no período.

“O nível de fontes renováveis na matriz energética no Brasil já é muito elevado. Podemos continuar crescendo a oferta, mas não temos como subir para sempre”, disse o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.

Segundo o estudo, deverão aumentar a participação na matriz energética do país o gás natural, de 9,8% para 12,2%; os derivados da cana-de-açúcar, de 20,3% para 21,5%; e outras fontes renováveis, de 3,2% para 3,7%. Já as fontes hídricas deverão ver a fatia na matriz cair de 14% para 12,7% , apesar da expansão esperada de 35.245 MW da potência instalada das usinas hidrelétricas. A participação do petróleo e derivados deverá recuar de 35% para 31%.

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Fonte: jornal Valor Econômico