Brasil terá centro de nanotecnologia em parceria com a China
O anúncio foi feito pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. “A China é um dos países líderes em investigações sobre novos materiais e nanotecnologia e o Brasil já tem uma rede importante de pesquisa nessa área”, justificou o ministro, em visita ao CNPEM na segunda-feira (9). Com essa parceria, a intenção é estimular a indústria brasileira a investir em equipamentos e novos processos que aumentem a produtividade e a sustentabilidade ambiental.
A estratégia do Ministério da Ciência e Tecnologia será a de utilizar e ampliar a infraestrutura de pesquisa do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), um dos quatro laboratórios que integram o CNPEM. “A nossa intenção é fortalecer esse ambiente de pesquisa”, afirmou Mercadante.
O projeto do novo centro está sendo desenvolvido em parceria com a Academia Chinesa de Ciências. “Nesse momento, estamos negociando os equipamentos, equipes, orçamentos e os investimentos dos dois países,” informou o ministro.
Na visita de Mercadante ao CNPEM também esteve em pauta a construção da nova fonte de Luz Síncrotron que está sendo projetada pela equipe de pesquisadores do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS/MCT). “A construção do anel está orçada em R$ 200 milhões. Com todas as linhas instaladas, o investimento será de R$ 400 milhões”, observou.
O ministro visitou também o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), um centro de excelência em biotecnologia que desenvolve pesquisas na área de desenvolvimento de novos fármacos, entre outras. O laboratório acaba de patentear uma nova molécula obtida do cará e que possui atividade tripanocida. “O Brasil tem hoje um deficit de US$6,5 bilhões em fármacos e precisamos aprender a produzir remédios com competência,” afirmou.
No Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) Mercadante visitou laboratórios de pesquisas, a Planta Piloto para o Desenvolvimento de Processos (PPDP), a ser inaugurada esse ano e que permitirá o escalonamento de processos de produção de etanol celulósico. “A PPDP é uma pequena refinaria de etanol para testes de produtos na fase pré-competitiva. Isso vai garantir segurança à indústria. Sem esse espaço, o caminho do laboratório direto para a indústria seria mais difícil,” ressaltou. De acordo com o ministro, o Brasil precisa fazer a ciência brasileira virar produto, eficiência emprego e renda.
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A informação é do Ministério da Ciência e Tecnologia