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    Comunicação

    Por quem os sinos dobram?

    Agora o garrote vil dos spreads aperta em torno das grandes economias européias, como a italiana e a espanhola, enquanto, a crise bate a porta da Bélgica e da França. O "parodoxo grego" prova-se problema sistêmico da Zona do Euro. Apesar de tudo isso, as dominantes empoadas elites européias agem após o "festim diabólico", quando […]

    POR: Laura Britt

    3 min de leitura

    Agora o garrote vil dos spreads aperta em torno das grandes economias européias, como a italiana e a espanhola, enquanto, a crise bate a porta da Bélgica e da França. O "parodoxo grego" prova-se problema sistêmico da Zona do Euro. Apesar de tudo isso, as dominantes empoadas elites européias agem após o "festim diabólico", quando o incêndio já arrasta-se de país a país.

    Princípio básico da Convenção de Maastricht era a contenção das taxas de juros de endividamento. Agora, observa-se o contrário, a ponto de as taxas de juros de os bônus italianos e espanhóis serem o triplo das alemãs. Em essência, na Zona do Euro vigoram taxas de juros em moedas nacionais dos países integrantes e não em euros.

    Se esta sinistra evolução não for enfrentada, será ameaçada, perigosamente, a coesão da Zona do Euro. A metodologia escolhida, com o mecanismo de salvação, se comprovarão castelo de cartas do baralho quando os grandes países europeus baterem sua porta.

    Os países superavitários, em primeiro a Alemanha, recusam-se a mudar de política e insistem em atribuir as responsabilidades da crise à sociedades, impondo-lhes frugalidade severa e permanente. As dominantes empoadas elites européias engessam as sociedades com gesso fiscal, preocupando-se, principalmente, em proteger os bancos.

    E tudo isso, enquanto, a eventualidade de novo ciclo de crise econômica mundial arma sua emboscada. O vazio de liderança política ou, mais precisamente, a necessidade de derrubar as correlações políticas do assentimento socioliberal comprova-se como a questão principal na Grécia e na União Européia. O problema econômico é político. Permanece incerto, contudo, se as reviravoltas políticas ocorrerão antes do recrudescimento da crise, provocando milhões de vítimas, assim como becos sem saída sociais.

    São aqueles momentos da História, quando a esquerda, embora mergulhada em suas fraquezas subjetivas, é convocada a assumir iniciativas de reorientação e ação em defesa das classes populares e promoção de mudança da sociedade.

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    Fonte: Monitor Mercantil

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