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    Comunicação

    Meus Cúmplices

     Meus Cúmplices Bicudos que na minha infância Fizeram minha alegria Cantavam nas «minhas» matas Toda tarde, todo dia! Caboclinho, como eu Vive cantando adoidado Seguindo a vida em frente Com uma bela fêmea ao lado. Meu canarinho da terra Símbolo do meu país Queria que sobrevivesse Para encantar esses Brasis. Cardeal, sua elegância E cantada […]

    POR: Redação

    2 min de leitura

     Meus Cúmplices

    Bicudos que na minha infância
    Fizeram minha alegria
    Cantavam nas «minhas» matas
    Toda tarde, todo dia!

    Caboclinho, como eu
    Vive cantando adoidado
    Seguindo a vida em frente
    Com uma bela fêmea ao lado.

    Meu canarinho da terra
    Símbolo do meu país
    Queria que sobrevivesse
    Para encantar esses Brasis.

    Cardeal, sua elegância
    E cantada em verso e prosa
    Tu és muito mais bonito
    Que a mais bonita rosa.

    Ai que saudade que tenho
    Do coleirinha papa-capim
    Queria não esquecer dele
    Nem ele esquecer de mim.

    Cantor-mór do meu país
    Bonito, pequeno faceiro
    E meu curió avinhado
    Que encanta o mundo inteiro.

    Ai que saudades que tenho
    Debaixo dos mamoeiros
    Var os sanhaços e saíras
    Comendo frutas o dia inteiro.

    O Passarim é sabido
    E faz coisas lá no mato
    Canta, pula, enternece
    -Só que come carrapato!

    Os «arlequins» canarinhos
    Estão ficando branquinhos
    Outros negros ou marrons
    Mas, todos são tão lindinhos.

    Patativa está cantando
    Para alívio de quem chora
    -Se canta pra consolar-me
    Patativa, vá embora!

    No final de agosto
    O pintassilgo namora
    -Até parece Don Juan:
    Bem-vestido à toda hora.

    Ai que saudades que tenho
    Daqueles tempos fagueiros
    Em que o sabiá laranjeira
    Cantava no meu terreiro.

    Tico-tico está reinando
    Nos lugares que eu reinei
    Mas, te vejo tão sozinho:
    -Cadê o tico-tico rei?

    Onde está o meu pixarro
    Trinca Ferro de uma figa
    Vê se pára de brigar
    Vem ninar a minha amiga.

    Antônio Carlos Affonso dos Santos -ACAS

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