Inicialmente, os relatos foram recebidos com incredulidade, e o primeiro professor a denunciar um caso foi acusado de caluniar o governo. A história começou a mudar faz cerca de duas semanas, quando um jovem de 13 anos desmaiou na escola, na ilha de Creta. A diretora ligou para a mãe do jovem (uma funcionária pública que cuida sozinha dos quatros filhos), que respondeu que a família não comia nada havia dois dias.

O caso provocou uma comoção no país, já que havia suspeitas de que alguns imigrantes ilegais passassem fome, mas o relato da ilha de Creta era de um jovem grego. São casos aparentemente isolados, mas que até recentemente pareciam impossíveis de ocorrer em um país da União Europeia. E despertam entre os mais velhos o fantasma do inverno de 1941-42, quando mais 300 mil pessoas morreram de fome no país, que vivia então sob ocupação nazista.

Com agências