Depois de manipulação, governos querem tirar controle da taxa da mão dos bancos


No mundo inteiro, qualquer alteração implica mudança de destino para centenas de bilhões de dólares.

“Está claro que os bancos centrais devem desempenhar um papel mais importante no apoio ao desenvolvimento de taxas de referência alternativas”, afirmou o presidente do Banco Central da Inglaterra, Mervyn King, ao defender que a regulação desse mercado não deve ficar apenas nas mãos dos bancos privados.

O prejuízo foi provocado pelas operações do Royal Bank of Scotland (RBS) em Londres, Cingapura e Tóquio. O RBS admitiu ter manipulado a Libor pelo menos de 2006 a 2010.

King afirmou ainda que a mudança das práticas atuais da taxa de referência devem-se à forte contração da atividade no mercado desde 2007. Essa situação levou a questionamentos sobre a robustez e a utilidade das taxas de juros de referência determinada apenas pelos bancos, sem garantia. Tal situação se revelou, particularmente, mais desestabilizadora ao coincidir com a maior crise mundial desde a Depressão de 1930.

Em outra frente da crise global, o Banco Central do Chipe ampliou até quinta-feira o prazo para os bancos do país permanecerem fechados. O anúncio foi feito depois que o Congresso local adiou para esta terça-feira a votação o empréstimo da União Européia ao país e draconianas condições impostas, que incluem o confisco de até 10% dos depósitos dos correntistas, que deflagrou uma corrida aos saques nos caixas eletrônicos.

Fonte: Monitor Mercantil