As modificações na forma de cálculo foram recomendadas por instituições internacionais, como a mais recente revisão do manual organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Banco Mundial. O objetivo é tornar o cálculo do PIB brasileiro mais harmônico com o de outros países.

Segundo Dilma, esse é mais um dado que mostra que o País está passando por um problema conjuntural momentâneo e que os fundamentos da economia brasileira são sólidos.

“É verdade que o Brasil passa por um momento difícil, mais difícil do que vivemos nos últimos anos recentes. Mas nem de longe estamos vivendo uma crise das dimensões que alguns dizem que estamos vivendo. Passamos por problemas conjunturais, estritamente conjunturais. Porque nossos fundamentos, hoje, são sólidos”, disse ela no Salão Internacional da Construção (Feicon Batimat) acrescentando que o setor da construção civil cresceu 8% naquele momento.

A presidenta lembrou ainda que a relação dívida-PIB do Brasil é baixa. “Agora, vai ser revista um pouco mais para baixo, mas não interessa. Ela é baixa mesmo, hoje, sem revisão”.

Reafirmou ainda que o País elevou 44 milhões de pessoas à classe média, tirou 36 milhões da pobreza, “o que, para esse setor, é crucial, porque é mercado interno. É, fundamentalmente, mercado interno que produziu isso. E também porque nós temos um elevado volume de reservas internacionais”.

Por isso, agregou Dilma Rousseff, “somos hoje diferentes, um país muito diferente. E aí, não temos mais crise que paralisa e quebra o País. Por isso, temos condições de daqui avançar para um novo patamar. As dificuldades que existem e as medidas, tanto tributárias como de correção, que estamos tomando para superá-las, não vão comprometer as conquistas sociais e tampouco vão fazer o País parar ou comprometer o seu futuro”.

Nova metodologia
A novo metodologia do IBGE vai incorporar às contas nacionais os gastos bélicos e com pesquisa e desenvolvimento ao investimento, além aprimorar o cálculo dos dados da construção civil e saúde. Essas alterações estão sendo elaboradas pelo instituto desde 2012 e vão alterar também o ano-base da série histórica – atualmente é considerado o ano 2000 e passará ao ano de 2010.

A pesquisa vai incorporar ainda dados do Censo Agropecuário de 2006 e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-2009 e fazer as adaptações recomendadas por instituições internacionais, para tornar a metodologia do PIB brasileiro mais compatível com a de outros países. O PIB representa a soma de todos os bens e riquezas produzidos em um país em determinado espaço de tempo.