O primeiro presidente do banco dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) será o economista indiano Kundapur Vaman Kamath. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (11/05) pelo secretário de Finanças da Índia Rajiv Mehrishi, em declarações à imprensa.
Kamath atualmente é dirigente do ICICI Bank, o segundo maior banco indiano e o maior dos bancos privados do país asiático. Ele presidirá o banco dos Brics pelos próximos cinco anos. Após o prazo, a presidência será entregue ao Brasil.
A criação da entidade foi anunciada em julho de 2014 no Brasil e a ata constitutiva foi assinada em 15 de julho do mesmo ano na VI cúpula realizada no Brasil.
Com capital de US$ 100 bilhões de dólares, o banco foi concebido para servir de alternativa ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e ao Banco Mundial.
Na última semana, o presidente russo, Vladimir Putin, ratificou a criação do fundo comum de reservas monetárias para o banco dos Brics, que tem como objetivo manter a estabilidade financeira do grupo em caso de problemas nos mercados mundiais, além de balancear a possível pressão sobre a balança de pagamentos dos países do bloco.

De acordo com o Centro de Intercâmbios Econômicos Internacionais da China, em 2030 os Brics representarão 50% do PIB do planeta. Hoje o bloco é responsável 25% da riqueza mundial.

Brasil

Em dezembro de 2014, a presidente Dilma Rousseff encaminhou duas mensagens ao Congresso Nacional. A Mensagem 444, que trata da criação do novo banco de desenvolvimento, e a Mensagem 445, que trata do estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas do BRICS. À época, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, garantiu acelerar a tramitação das mensagens.
Após ir para o Congresso e ser aprovadas na Comissão de Relações Exteriores, as mensagens se tornam um projeto de decreto legislativo.