México, 3 mar (Prensa Latina) Cuba reiterou hoje aqui sua vocação na prática da colaboração com as nações subdesenvolvidas, a despeito das limitações que sofre pelo bloqueio imposto pelos Estados Unidos há mais de meio século.

Assim expressou o vice-ministro de Agricultura da ilha, José Miguel Rodríguez, chefe da delegação de seu país ante à XXXIV Conferência Regional da FAO, que conclui hoje nesta capital.

O funcionário cubano interveio no painel dedicado à cooperação Sul-Sul e triangular cujo propósito se inscreve nos objetivos da FAO de erradicar a fome e contribuir com a produção de alimentos de forma sustentável.

Cuba, apesar de continuar sendo um país bloqueado e submetido por mais de 50 anos a medidas e barreiras coercitivas unilaterais econômicas, políticas e comerciais com caráter extraterritorial, por tradição, vocação solidária e por convicção, compartilha suas experiências e coopera com as nações amigas do Sul, expressou.

Afirmou que a pequena ilha caribenha tem contribuído nos últimos anos com missões técnicas nas quais participaram mais de 130 especialistas e técnicos em nações do chamado Terceiro Mundo.

Expôs como exemplo acordos com Cabo Verde, Guiné Equatorial e Guiné-Bissau, mediante os quais cumpriram missões nestes países 53 especialistas cubanos especialistas em agricultura, pecuária e pesca.

Em 2004 assinou-se o acordo Sul-Sul/Caribe que cobriu nove países da região, com 43 consultores, estruturados em nove especialistas e 34 técnicos nas especialidades de irrigação, intensificação, diversificação, horticultura e pequenos animais, pontuou.

Assessores cubanos também se integraram em projetos da FAO para enfrentar a peste da banana em nações caribenhas; o tratamento da produção de cítricos em Belize e o enfrentamento à ferrugem do café na América Central, entre outras ações.

Cuba cooperou em agricultura urbana e suburbana com Granada, e nos esforços continentais para erradicar a peste suína no Haiti e República Dominicana, segundo afirmou o chefe da delegação cubana ante a Conferência Regional da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.

Rodríguez reiterou a disponibilidade de seu governo para continuar somando à cooperação Sul-Sul, mas sublinhou a necessidade de que os países mais ricos contribuam para revigorar a cooperação internacional, em particular para erradicar a fome na América Latina e no Caribe.

Nossos países devem continuar exigindo aos países industrializados que cumpram seu compromisso, que já data de mais de 35 anos, de dedicar 0,7% de seu Produto Interno Bruto à Ajuda Oficial ao Desenvolvimento, a fim de contribuir entre outros, para a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável adotados na Agenda 2030, concluiu.

Fonte: Prensa Latina