Para o ex-presidente, o seu caso específico, a perseguição judicial e midiática de que é alvo, não é o único nem o principal atentado que está sendo perpetrado no país por aqueles que tomaram o poder de maneira ilegítima e violenta. 

“Hoje, não é um dia que eu gostaria de ouvir discursos e atos em defesa do Lula, mas que quero ser mais um não a me defender de acusações levianas, mas ser mais um a acusar aqueles que estão mentindo para a sociedade brasileira e causando mal não só a mim, mas a instituições sérias e importantes, como o Ministério Público, a Polícia Federal e ao próprio Estado de Direito no Brasil”, disse o ex-presidente.  

 

Além de reafirmar sua total inocência em relação a todas as acusações que sofre, de denunciar o conluio existente entre meios de comunicação, setores do Poder Judiciário e determinados partidos políticos para, por meio da Operação Lava Jato, cometer injustiças e perseguições, Lula afirmou que o mais grave e preocupante quadro que se desenha no país é o de repressão à luta por direitos e conquistas.

“Por isso, eu gostaria que esse movimento que está sendo lançado hoje fosse menos centralizado na pessoa do Lula, e fosse mais em favor dos estudantes que ocuparam suas escolas contra essa reforma no ensino, mais em defesa do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), que tiveram sua escola invadida pela polícia sem mandado, menos em defesa e mais contra o comportamento perverso dos meios de comunicação deste país, que mentem descaradamente, contra atos de polícias que retiram estudantes à força de suas escolas, a mando de governos como os dos Estados de São Paulo e Paraná.

O ex-presidente afirmou que não tem medo de denúncias falsas. “Foi só pela democracia que um índio cocaleiro se tornou presidente da Bolívia, que um metalúrgico e uma ex-guerrilheira se tornaram presidentes do Brasil. Sempre que a classe popular chega ao poder, tentam tira-la de lá utilizando a bandeira da corrupção. Mas comigo não vão conseguir, eu vou lutar com eles até o fim”, afirmou.

Por fim, Lula se referiu à nova geração de brasileiros que estão fazendo valer seu direito de manifestação, e que nem ele, nem as futuras gerações de trabalhadores, deixarão de lutar contra injustiças e em favor de ampliação de direitos. “Quero avisar que não precisam se preocupar tanto comigo, já tenho 71 anos. Se cuidem com o futuro, com essa meninada que está aí com força pra lutar e continuar a mudança”.

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