Edição 151 > 2018: O Brasil diante de uma encruzilhada
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Em crise há 10 anos, o capitalismo hegemonizado pela grande finança busca saídas. Recrudesce o neoliberalismo e vai impondo uma nova ordem neocolonial contra os países da periferia e semiperiferia do centro capitalista.
O governo ilegítimo de Michel Temer, em essência, tem atuado para subordinar o país integralmente a essa lógica imposta pelas grandes potências capitalistas.
Do povo vai sendo retirado o pouco que ele tem, sendo-lhes cortados direitos trabalhistas e sociais. A sangria do momento é a Reforma da Previdência. A saúde, a educação e a segurança pública já sofrem os efeitos negativos do torniquete da Emenda do Teto do Gasto.
A economia brasileira é desnacionalizada. O patrimônio e a riqueza nacional são alienados através de concessões absurdas, criminosas ou de privatizações lesa-pátria como é caso do Pré-sal e da Eletrobrás.
política como um todo foi satanizada. E a esquerda, alvo de corrosiva campanha difamatória.
Pairam ameaças sérias contra as eleições presidenciais de 2018. Trama-se o parlamentarismo e um dito semipresidencialismo. Arbitrariamente, tenta-se excluir o ex-presidente Lula da disputa presidencial.
O governo golpista alardeia e festeja sinais tênues de reaquecimento da economia. Mas o fato é que a Nação e a classe trabalhadora padecem de um dos piores períodos recessivos de nossa história republicana.
Dez meses separam o país das eleições de 2018.
E novamente o caminho da Nação se bifurca: ou o país se reencontra com a trilha da democracia, da soberania nacional, com o desenvolvimento e o progresso social; ou seguirá na rota do entreguismo, do autoritarismo e da rotina de, a cada semana, uma punhalada nas costas do povo e da classe trabalhadora.
Em síntese, ou o Brasil seguirá na rota que lhe impôs o golpe, a do ultraliberalismo e do neocolonialismo, ou retoma o caminho do desenvolvimento soberano, da democracia e do progresso social.
As eleições se realizarão sob o signo da imprevisibilidade. Há forte desalento na sociedade, mas, ao mesmo tempo, é grande a vontade do povo de retirar o país da crise e vê-lo novamente prosperar e distribuir renda.
Apesar das adversidades, está ao alcance das mãos das forças democráticas, populares e patrióticas, sob a liderança da esquerda, vencer as eleições de 2018.
O governo do impostor Michel Temer é rechaçado pela ampla maioria do eleitorado, o consórcio golpista enfrenta divisões. Não há como esconder: PSDB, PMDB, DEM, Patriotas et caterva são os responsáveis pelo atual desastre que o país atravessa.
Para ter protagonismo na construção da almejada vitória da Nação e da classe trabalhadora nas eleições presidenciais de 2018 é que o Partido Comunista do Brasil lançou no seu 14º Congresso, realizado em novembro de 2017, a pré-candidatura de Manuela D’Ávila à presidência da República.
Desde então, Manuela – com a bandeira da Frente Ampla nas mãos e com a mensagem de que o Brasil pode vencer a crise com um novo ciclo de desenvolvimento soberano e progresso social – tem percorrido o país reacendendo a esperança do povo.
Mesmo que a esquerda, como é a tendência, tenha mais de uma candidatura no primeiro turno das eleições, a convicção e a conduta política de que somente a união de amplas forças políticas, sociais, econômicas e culturais poderá assegurar a vitória do povo devem reger a tática do conjunto das legendas e forças progressistas.
A batalha será dura, difícil, mas é possível, plenamente possível, que as forças políticas e sociais da Nação e da classe trabalhadora vençam as eleições presidenciais de 2018.
Adalberto Monteiro
Editor
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Esta edição de Princípios tem como tema de capa o centenário da Revolução Russa de 1917. Tendo como base as apresentações feitas durante o seminário Outros Outubros Virão – ocorrido em São Paulo no dia 11 de novembro de 2017 –, os autores apresentam as várias facetas do movimento revolucionário destacando o legado e os percalços deste acontecimento histórico que mudou os rumos da humanidade no século 20. Os textos destacam ainda as lições que ajudam a impulsionar a luta pelo socialismo no século 21.
16/12/2017
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