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    Comunicação

    Crítica da razão florida

    O modo como a flor se inclina para onde deve, é um mistério que cientista algum descreve – não precisa apresentar credenciais aos parvos homens, pois seu currículo é anterior a todos os nomes. A folha sabe mais de marketing de rede do que os papas da propaganda; embora geometrizada segundo a sabedoria divina do […]

    POR: Brasigóis Felício

    2 min de leitura

    O modo como a flor se inclina
    para onde deve, é um mistério
    que cientista algum descreve
    – não precisa apresentar credenciais
    aos parvos homens, pois seu currículo
    é anterior a todos os nomes.

    A folha sabe mais de marketing de rede
    do que os papas da propaganda;
    embora geometrizada
    segundo a sabedoria divina
    do número PI, não tem conhecimento
    de um número tão absoluto
    que pode ser chamado de irracional.

    A rosa resolve de modo
    matematicamente perfeito
    a ordem das pétalas, de modo a ser
    elegante e bela. Assim como
    as folhas do coqueiro
    não entram em guerras fratricidas
    para serem as primeiras
    a receber o beijo do sol.

    Em sua divina sabedoria,
    a natureza flui à luz da crítica
    da Razão Áurea: não precisa conhecer
    a crítica da razão pura,
    nem o abacate precisa explicar sua doçura
    à luz das obras de René Descartes. 

     Brasigóis Felício, é goiano, nasceu em 1950. Poeta, contista, romancista, crítico literário e crítico de arte. Tem 36 livros publicados entre obras de poesia, contos, romances, crônicas e críticas literárias.