Amor que serena, termina?
começa? que nova
velhice o espera para viver?
qual fulgor? amor surgindo

de si mesmo a si mesmo sendo
também memória de si
comendo
de si, que velha

sombra chupará sua nuca? Oh pestes
que visitaram meu país
atacaram se foram
alheias como o vento

 

Amor que serena, termina?- Juan Gelman
Tradução e seleção Eric Nepomuceno – edição bilíngüe 2001
Editora Record