EUA e Inglaterra: fontes de desinformação contra a Venezuela
Assim, o jornal “El Nuevo País” desta quarta-feira estampou um título no alto da capa tão sugestivo quanto mentiroso: “The Economist: Venezuela na lona”, contendo “um amplo informe sobre a situação às portas das eleições”. Conforme a publicação, “três quintas partes do petróleo são administrados fora do orçamento regular por meio de um fundo que está sob o controle pessoal do presidente”.
E para não deixar dúvidas sobre a sua contrariedade com os inumeráveis avanços registrados pelo país, The Economist alerta que “o dinheiro vai para programas sociais com intenção eleitoral”. E cita o programa Gran Misión Vivienda, que entregará até o final do ano 350 mil moradias populares e no qual estão inscritas, segundo a revista, “mais de três milhões de pessoas humildes, a quem é dito que, se Chávez perder, essas casas não serão entregues”.
Em relação à produção de combustíveis pela estatal PDVSA (Petróleo da Venezuela SA), o governo estadunidense, por meio do seu Departamento de Energia, rebateu a informação do ministro da pasta, Rafael Ramírez, de que a Venezuela não importa gasolina de nenhum país. Segundo o Departamento, o governo Chávez estaria mentindo para encobrir pretensos “fracassos” em sua administração.
Esclarecendo a falsa polêmica, manipulada pelos que sustentam a necessidade da privatização da estatal, o ministro foi taxativo: “Mantemos o mercado interno com nossa própria produção. O que importamos são aditivos, porque aqui não são produzidos em quantidade suficiente”.
Deixando claros os reais objetivos e compromissos dos que se alinham em torno à candidatura oposicionista, o jornal “El Mundo” traz uma extensa matéria exortando à privatização e desnacionalização do setor petrolífero. O texto neoliberal vem como uma “contribuição” do “Centro de Divulgação do Conhecimento Econômico” sobre o que deverá ser feito nos próximos anos – caso o candidato oposicionista vença – com o produto responsável pela maior parte da riqueza nacional.
Em vez de colocar a renda petrolífera em benefício da população, como defende Chávez, que projeta uma duplicação dos atuais 2,9 milhões de barris diários para 6 milhões, a fim de turbinar o crescimento, a distribuição de renda, o investimento em infraestrutura e na industrialização, o tal “Centro” quer aumentar a capacidade de extração para “repassar 72% a empresas privadas nacionais e internacionais”, reduzindo a PDVSA a apenas 28%. Mais óbvio, impossível.
*Enviados a Caracas, Venezuela