A reconhecida publicação chilena adverte, em editorial difundido nesta sexta-feira, como à medida que se aprofunda a crise política e social que vive o país sul-americano, a ausência de tal alternativa se faz cada vez mais notória.

"Chile sofre um atraso de mais de duas décadas na democratización do Estado. Vive sem querê-lo -como o demonstram as pesquisas- no limbo criado pela tirania de militares e empresários", sustenta a revista.

Por isso, acrescenta Ponto Final, a Constituição precisa ser mudada por uma Assembleia Constituinte, eleita de forma democrática, e ante tal desafio a esquerda chilena tem que fazer um esforço para renascer de suas cinzas.

Só ela, recalca, poderia levantar uma alternativa real à crise econômica e política que não se circunscreve unicamente ao tema da educação.

Segundo Ponto Final, a rejeição majoritária ao modelo neoliberal alberga também as demandas de nova Constituição, plebiscito, participação, educação e saúde públicas, moradias, reforma tributária, derrogação do sistema binominal e renacionalização do cobre.

O que o povo chileno hoje exige, enfatiza a revista, só pode realizá-lo uma esquerda com asas próprias e cujas alianças sejam precisamente com os meninos e meninas heroicos que se ganharam mediante o protesto social o direito à revolução democrática que bate nas entranhas do Chile.

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Fonte: Prensa Latina