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    Colunas

    A cal e o asfalto
    A cal e o asfalto

    Quantas madrugadas Eu e meus camaradas varamos escrevendo nos muros e nos leitos das calçadas. Descobrimos que enquanto uma cidade adormece, outra desperta. De uma rua escura surgem estranhas figuras. Usam no rosto um artefato. Ao que parece o

    Janelas
    Janelas

          Prostitutas discutem com um travesti drogado e os edifícios obturam o horizonte com cortinas e televisões ligadas. O lixo amontoado sobre a calçada vai tomando o asfalto, no prédio em frente, alguém parece ameaçar um salto, e alguém

    Uma fatalidade
    Uma fatalidade

          Lamentei o episódio. Mas nada pôde ser feito. Absolutamente nada. Sei. Sei que ela corria pelo asfalto sem nenhuma atenção, sei. Sei que deveria ter tomado todos os cuidados. Mas não foi possível. Não foi.       Quando vi,

    Sim, literatura
    Sim, literatura

          O fragmento em epígrafe foi extraído da fala de uma professora da rede Pública Municipal, uma nordestina vinda do Rio Grande do Norte. Em sua família, todos eram analfabetos e ela foi a única que conseguiu obter instrução.

    De prioridades e outros transtornos
    De prioridades e outros transtornos

          Pautamos tanta coisa para fazer, que esquecemos do óbvio; daquilo que mereceria prioridade.       Vejam vocês que ele saiu apressadíssimo da loja, no intuito de não perder a hora de encontrá-la. Era alta, morena, daquelas que deixam o

    O mundo é dos espertos!
    O mundo é dos espertos!

          Lembro que foi no ano da copa de 74, a escola em que eu estudava iria formar uma fanfarra. O professor responsável reuniu todos os alunos interessados no pátio, quase metade da escola, e então, após dizer a

    Memorial
    Memorial

          Do fundo de sua mágoa, ele olhava o horizonte. Tantos anos vividos e agora aquilo: uma cadeira de balanço e muita amolação. Crianças correndo pela casa, mulheres decidindo sobre sua higiene, homens determinando aonde ir, quando ir, o

    O Brasil com vergonha do Brasil
    O Brasil com vergonha do Brasil

    Para Aldo Rebelo Século XX. Noite de 12 de julho do ano de 98. Um apito tange do céu as estrelas. Em vez da explosão de foguetes E rajadas de gargalhadas: Um silêncio de dar medo. Em vez do

    Vozes
    Vozes

          Heróis não morrem, ficam guardados dentro de nós, e suas palavras, frases inteiras, fazem um coro de inúmeras vozes que vamos juntando durante a vida. São vozes que fazem brotar imagens, cenas em sons e cores. São vozes

    João, pra onde?
    João, pra onde?

          Haveria muito o que falar do velho João. Homem que tem o maior rio do mundo no nome; rio brasileiro. E que, além de Amazonas, é João, nome por todos os modos e elocuções simples e brasileiramente cristão.