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É tarde para ser infeliz
23 de julho de 2008Estava um meu amigo, que há muito eu não via, a apoiar-se na parede de um buteco. Fui passando e, ao reconhecê-lo, o cumprimentei com efusão. Ele, que esperava o filho terminar sua aula de informática, quase me agarrou, com aflição. Você tem um tempinho para mim? Fique aqui mais um pouco, estou precisando […]
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Bodas de ouro
23 de julho de 2008É tempo de total dissolução. Não nos apegamos a nada. Aquela geladeira antiga, que conservou os alimentos de minha avó, é um trambolho guloso de energia, o melhor destino para ela é o lixo. A casa onde nasci e passei a infância, escombros. Aquela rua das brincadeiras, das enxurradas, das molequices de quando ainda […]
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Acrobata da dor
22 de julho de 2008Gargalha, ri, num riso de tormenta, como um palhaço, que desengonçado, nervoso, ri, num riso absurdo, inflado de uma ironia e de uma dor violenta. Da gargalhada atroz, sanguinolenta, agita os guizos, e convulsionado Salta, gavroche, salta clown, varado pelo estertor dessa agonia lenta… Pedem-te bis e um bis não se despreza! Vamos! retesa os […]
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