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O morcego
Augusto dos Anjos5 de junho de 2013O morcego Meia noite. Ao meu quarto me recolho. Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede: na bruta ardência orgânica da sede, morde-me a goela ígneo e escaldante molho. “Vou mandar levantar outra parede…” — digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho e olho o tecto. E vejo-o ainda, igual a […]
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As aquarelas
Odylo Costa Filho4 de junho de 2013As aquarelas Não penso azul, nem verde, nem vermelho, nenhuma cor vejo isoladamente: quero a vida total, como um espelho a que não falte flor, folha ou semente. A natureza, neste abril redondo, esconde formas, seres, linhas, cores, aqui e ali bizarramente pondo manchas involuntárias, multicores. Recuso-me a adotar bandeira […]
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A batalha
Carlos Nejar28 de maio de 2013A batalha A batalha fere a lei da gravidade e é tão azul como os mapas que os generais confrontam e os mapas de um exército vivo entre rajada e sol (o). Azul a tarde a desconhece e os olhos tenros do vento. Se a ordem é matar, matar, […]
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