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Prosa@Poesia
Descabelados (24)

Descabelados (24)

doída e frágil após a carta que traz nosso fim amor contudo ainda ainda a ele não renuncio   Yosano Akiko Descabelados Tradução, introdução e notas de Donatella Natili e Álvaro Faleiros Editora Universidade de Brasília – edição 2007

Por quem os sinos dobram

Por quem os sinos dobram

      Em épocas de crise e turbulências financeiras as pessoas são tomadas pelo frenesi ilusório de que podem se tornar milionárias da noite para o dia. Algumas conseguem, de fato, alcançar tal meta, enquanto outras, que eram milionárias, atingidas

O engenho dos cabrais

O engenho dos cabrais

1 O açúcar quer – e assim perde – adoçar o que vem de ser melo, infiltrar-se diabético, adoçando entre os cabrais, que se crê adoçam também a carne, ao compô-la morta, bem por igual no que perde o

Recicloema

Recicloema

Limpo as pontas de meu sapatos das fuligens desse inverno de amor resfriado   Diante do mundo sem varanda sento e tento outra vez horizonte e mar Plantado o poema se repete infenso aviso “não pise na grama” letras

O uso polĂ­tico do futebol

O uso polĂ­tico do futebol

      O dia 7 de agosto de 1936, há quase 72 anos, marca a data em que a Alemanha jogou contra a Noruega uma partida de futebol válida pelos Jogos Olímpicos daquele ano. O jogo ocorreu no Post Stadium,

Ensaios da modernidade

Ensaios da modernidade

      O público brasileiro tem nova oportunidade de travar contato com a obra densa, luminosa e cheia de poesia do poeta inglês Percy Bysshe Shelley (1792-1822) com a nova publicação de Uma defesa da poesia e outros ensaios (Landmark,

Soneto

Soneto

Louva, com especial acerto, o de um Músico primoroso Doce deusa do vento harmoniosa, suspensão do sentido desejada, onde gostosamente aprisionada se surpreende a atenção mais buliçosa: perdoa-me à sanfona licenciosa, se, escutando-te a lira delicada, canta com rude

Brasil

Brasil

Brasil, o Dutra, o pavoroso peru das terras quentes, engordado pelos amargos ramos do ar venenoso: sapo dos negros lameiros de nossa lua americana: botões dourados, olhinhos de rato cinzento arroxeado: Oh, Senhor, dos intestinos de nossa pobre mãe

Amadurecer

Amadurecer

      Hoje acordei com vontade de correr pelas ruas e sentir o pulsar  do meu coração… Hoje sei o amor que guardo no meu peito, águas tranquilas que deslizam rumo ao pirapora… Hoje percebi o valor do meu tesouro