Camile Claudel
A onda A avalanche oceânica Pode ser petrificada E continuar Sendo cor, som e movimento. A suplicante Quanta dignidade e esperança há No que se ajoelha e suplica; Quanta altivez há no que acolhe e perdoa. A valsa
A onda A avalanche oceânica Pode ser petrificada E continuar Sendo cor, som e movimento. A suplicante Quanta dignidade e esperança há No que se ajoelha e suplica; Quanta altivez há no que acolhe e perdoa. A valsa
O mar não se retém Pela solidez de tuas ilhas, Nem pela barreira do continente. Seduzido pela tua beleza, ele Abdica da bravura e adquire A serenidade dos rios. O Atlântico ao entrar na tua alcova, Deixa de ser
Como um lobo estraçalharia à burocracia. Às credenciais não lhes tenho respeito. Que vão para o diabo todos os papéis! Mas este… Ao longo dos camarotes e beliches movimenta-se um funcionário
Fazer os saraus nas escolas tem me trazido boas lembranças sobre um tempo que não volta mais. Mas também tem ressuscitado velhos fantasmas adormecidos na memória. Lembro de um tempo em que estudava na 2ª série primária,
Os Bolcheviques descobrem no verão de 1917, no Smolny, onde o povo estava representado: na cozinha Quando a Revolução de Fevereiro havia terminado e o movimento das massas Estava parado A guerra ainda não havia chegado ao fim. Os camponeses
Que tristeza vê-los Abandonados num canto da casa Como se fossem um mobília arcaica E estragada. Quanto perdeis Por desprezá-los. A tolice de a cada geração Novamente ter que se descobrir o fogo E inventar a roda. Incendiários e
ERA o tempo de Pushkin, a primavera plana, uma onda no ar como a vela pura de um barco transparente ia pelas campinas levantando a erva e o aroma das germinações. Perto de Leningrado os abetos dançavam uma valsa
No mês de outubro Belém do Grão-Pará Pára num dia de trégua que nem preamar Estanca a peleja de todo ano Rio-Mar e Mar-Oceano indivisíveis no estuário Quem não tem tempo de rezar no corre corre O mês inteiro
Estou farto dos leões de zoológicos. Farto desta fauna interminável de bichos soltos, com a mente enjaulada que se espalham pelo país. Uns bestas feras, outros, feras bestas. Não há trocadilho que salve essa gente. No Brasil