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Prosa@Poesia
Nossa Senhora dos Prazeres

Nossa Senhora dos Prazeres

Na igreja do Monte Guararape Era um dia de sol que vi sonhando. Na luz campal, maribondos e abelhas, Das colméias do céu talvez voando De argila e cera recompondo as telhas. Entre arbustos do Monte onde pastando Havia

Ode ao Amor

Ode ao Amor

Enches o peito de cada homem, medras Nalma de cada virgem, e toda a alma Enches de beijos de infinita calma… E o aroma dos teus beijos infinitos Entra na terra, bate nos granitos E quebra as rochas e

O telefone e o amigo morto

O telefone e o amigo morto

(Crônica-poema para Hélio Pellegrino) Nesta límpida manhã de março o telefone ainda não anunciou a morte do amigo. A lagoa e as montanhas sabem já que algo morreu longe de mim e, no entanto, disfarçam a notícia numa cumplicidade

Casais trocados

Casais trocados

      Obra de maturidade de Johann Wolfgang Goethe, As Afinidades Eletivas, é uma delicada e profunda incursão por um dos temas mais complexos da vida social e amorosa: o adultério. A partir do princípio químico pelo qual dois elementos

Aconchego da vida burguesa

Aconchego da vida burguesa

      A tendência que todos temos para inércia, o rei da pérsia tem. E ficar parado é tão natural, você não acha? Natural como quem agacha pra… defecar.       Quem está parado já não pode parar, então curte paixão

As delĂ­cias do amargo

As delĂ­cias do amargo

— Engole o choro menino, engole! A austera mão paterna Proporcionou-me prazeres Que sem ela não desfrutaria jamais. É um ultraje, no sertão, rejeitar qualquer alimento. Roer a casca da banana, Comer vivos uns invertebrados De nome saramundongo, Puro

O Sonho do Prisioneiro

O Sonho do Prisioneiro

As madrugadas e as noites aqui mal se distinguem. O ziguezague dos estorninhos sobre as torres de guarda nos dias de luta, minhas únicas asas, um fio de ar polar, o olho do carcereiro pela portinhola, o escalar de

Literatura, pĂ£o e poesia

Literatura, pĂ£o e poesia

      A literatura na periferia não tem descanso, a cada dia chega mais livros. A cada dia chega mais escritores, e, por conseqüência disso, mais leitores. Só os cegos não querem enxergar este movimento que cresce a olho nu,

CĂ¢ntico dos CĂ¢nticos

CĂ¢ntico dos CĂ¢nticos

O ESPOSO – Por que desejas contemplar a Sulamita Quando entra na dança De Mahanaim?  Como são graciosos Os teus pés nas tuas sandálias, Ó nobre princesa! Teus quadris Têm o contorno das jóias Buriladas Por mãos de mestre.

O trovador inquieto

O trovador inquieto

      Num tempo talvez inimaginável, em que as leis (para bem ou mal) regulassem verdadeiramente tudo, alguém deveria lembrar-se de baixar um decreto sobre a publicação de livros de poesia: “livro de poemas – não se publica mais avulso,