MemĂ³rias de um desmemoriado
Estou escrevendo essas mal traçadas (que expressão mais kitsch, minha gente, apesar da boa intenção de brincar com um lugar comum!) porque tive o privilégio de receber em cima da hora um exemplar do último romance de Umberto
Saqueando Impérios
Uma Bárbara, Fêmea descomunal Cravada no animal macho, A cavalgar e saquear impérios E profanar santuários. As Delícias do Amargo & Uma Homenagem poemas – Adalberto Monteiro Editora Anita Garibaldi, 2006 Adalberto Monteiro, Jornalista e poeta. É da
O Poeta Quintana
Por outro lado, sei que não me seria possível escrevê-los. Só o Quintana tem a fórmula, direi melhor, a ausência de fórmula dessas cantigas: ora soneto, ora trova, ora verso livre, ora prosa enganadora, por fora; por dentro,
O Povo ao poder
Recife, 1864 Quando nas praças s’eleva Do Povo a sublime voz… Um raio ilumina a treva O Cristo assombra o algoz… Que o gigante da calçada De pé sobre a barrica Desgrenhado, enorme, nu Em Roma é catão
O que Passou, Passou?
Antigamente, se morria 1907, digamos, aquilo sim é que era morrer. Morria gente todo dia, e morria com muito prazer, já que todo mundo sabia que o Juízo, afinal, viria, e todo mundo ia renascer. Morria-se praticamente de tudo.
Uma HistĂ³ria Veneziana
LXXIII Ah, esses antiquados poetinhas Que, tentando pescar a própria Glória, Não pegam nada mais do que sardinhas, Porém não dão a mão à palmatória, E insistem – ah, esses bardos das mocinhas, Petrarcas de salão, a própria escória
Manejo de armas, esporte olĂmpico
A cada quadriênio, quando volta a ser realizada uma Olimpíada, volta também à mídia um discurso retórico que exalta todas as virtudes do evento, começando pelo estóico “o importante é competir”. Fala-se em saúde, solidariedade, cidadania… e uma