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Renomeando o cotidiano

Renomeando o cotidiano

      Já é quase lugar comum dizer que os “anos zero” têm revelado poetas de grande qualidade para o sempre pequeno público de leitores de poesia. O que permanecerá da poesia dessa primeira geração do século XXI, entretanto, ainda

Quase perfume

Quase perfume

      Tudo quanto é humano não me é indiferente, então porque estes corpos trancados no armário pra decantar e fazer perfume? De onde me vejo sinto a calma, detrás das cortinas, quase não compreendido na minha dislexia.       Toda

Cisnes Brancos

Cisnes Brancos

Cisnes brancos, cisnes brancos, Porque viestes, se era tão tarde? O sol não beija mais os flancos Da montanha onde morre a tarde. O cisnes brancos, dolorida Minh’alma sente dores novas. Cheguei à terra prometida: É um deserto cheio

A paineira

A paineira

Em fevereiro: É uma patriota Marcha usando uma farda verde. Em maio: É uma senhora de pudor Veste um longo de puro rosa. Entretanto, lentamente, As mãos do vento vão lhe despindo E, em junho: Desfila toda nua. E

O livro e a leitura hoje

O livro e a leitura hoje

      Nosso biorritmo individual influenciado pela aceleração crescente de nossa engrenagem social, se antepõe ao processo arcaico de ler com a calma necessária para se refletir. Há muito somos contagiados pela impaciência, pela inquietação que exige uma distração cada

A passarela

A passarela

Para Weidja Maciel de Andrade Novamente a passarela nos junta embaixo os carros se movem em direção à moça superdimensionada em sua arca de silicone a máscara te livra apenas da dor do outro mas a cidade entra por

Nunca nada

Nunca nada

“Nunca dirija um carro se estiver morto”. Jamais o desloque por ruas e estradas se não estiver dentro – aceso, dentro de si mesmo, como um incêndio. Nunca fale em tom solene e grave estando certo de que o

A Cruz da estrada

A Cruz da estrada

A meu amigo E. Jary Monteiro    Se vagares um dia nos sertões, Como hei vagado – pálido, dolente, Em procura de Deus – da fé ardente Em meio das soidões… Se fores, como eu fui, lá onde a

Desejos

Desejos

Belos corpos de mortos que nunca envelheceram, com lágrimas sepultos em mausoléus brilhantes, jasmim nos pés, cabeça circundada de rosas – assim são os desejos que um dia feneceram sem chegar a cumprir-se, sem conhecerem antes o prazer de