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Prosa@Poesia
MĂºsica Brasileira

MĂºsica Brasileira

Tens, às vezes, o fogo soberano Do amor: encerras na cadência, acesa Em requebros e encantos de impureza, Todo o feitiço do pecado humano. Mas, sobre essa volúpia, erra a tristeza Dos desertos, das matas e do oceano: Bárbara

Seu Astrojildo faz anos

Seu Astrojildo faz anos

      – Oito décadas e meia… Quem diria, hein, seu Astrojildo?       Seu Astrojildo sorri, detrás dos óculos redondos, Machado de Assis debaixo do braço, xicrinha de café na ponta dos beiços, coado e servido no boteco da esquina

Meninos Carvoeiros

Meninos Carvoeiros

Os meninos carvoeiros Passam a caminho da cidade. – Eh, carvoero! E vão tocando os animais com um relho enorme. Os burros são magrinhos e velhos. Cada um leva seis sacos de carvão de lenha. A aniagem é toda

Onde jĂ¡ se viu

Onde jĂ¡ se viu

Em pleno meio da semana, Em pleno meio dia, Em pleno dia útil Um ser Cruza a cidade com uma rosa na mão. – Um vadio, um à-toa, Sentenciam os normais. E um homem de negócios: – E onde

Duas medalhas

Duas medalhas

      Muitas vezes, os cronistas de antigamente, que inventaram o gênero, sentiam-se obrigados a pedir desculpas de antemão, ou não, aos leitores pelas freqüentes bizarrias (essa palavrinha é da época) que iriam cometer ao longo de seus textos. Esse

O Coliseu

O Coliseu

Signo da Roma antiga! Rico relicário De grandioso contemplar entregue ao Tempo Por séculos sepultos de poder e pompa! Afinal – afinal – depois de tantos dias De penoso peregrinar e sede ardente (Sede das fontes de saber que

Arma mortal contra a violĂªncia?

Arma mortal contra a violĂªncia?

      Uma complexa e intrincada questão aflige uma parte significativa da população brasileira: haverá uma arma mortal capaz de destruir  a violência, aplicar-lhe um golpe fatal, dar-lhe enfim um tiro de misericórdia? Falou-se até mesmo em criar uma secretaria

Atrito

Atrito

Com minha fome de lobo amaino meu corpo de cordeiro Sou como a barca ínfima e o libidinoso oceano   Giuseppe Ungaretti Ungaretti – Daquela estrela à outra Organização: Lucia Wataghin Traduções: Haroldo de Campos e Aurora F. Bernardini

Urbe

Urbe

hoje na minha boca não cabem girassóis   cabe um poemapodre cheiro de mangue  capibaribe   um poemaponte galeria esgoto chuvas de abril   um poemacidade fumaça ferrugem fuligem   hoje na minha boca cabe apenas o poema