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Prosa@Poesia
O FenĂ´meno Futuro

O FenĂ´meno Futuro

      Um céu pálido, sobre o mundo que se esvai em decrepitude, vai talvez partir junto com as nuvens: os farrapos da púrpura repisada dos poentes se esmaecem num rio a dormir no horizonte submerso de raios e água.

Dona Firmina

Dona Firmina

      De uns tempos a essa parte, dona Firmina deu para variar. Amanheceu dizendo coisa sem combinar com coisa e, virou mexeu, por dê cá aquela palha, distribuía tabefe em quem quer que fosse – seu Ginaldo, amado esposo,

Carta a Stalingrado

Carta a Stalingrado

Stalingrado  Depois de Madri e de Londres, ainda há grandes cidades! O mundo não acabou, pois que entre as ruínas outros homens surgem, a face negra de pó e de pólvora, e o hálito selvagem da liberdade dilata os

Ă”, sofrimento!

Ă”, sofrimento!

      Não sei se os senhores sabem: me mudei. Deixei a Capital Federal para amarrar a minha jéga em Aracaju, também capital, só que de Sergipe del Rey – que há muito deixou de ser do rei e, há

A imaginaĂ§Ă£o do Brasil

A imaginaĂ§Ă£o do Brasil

      Em Brejo das Almas, coletânea de poemas publicada em 1934, Drummond atestava com violência a dificuldade de se conceber uma nacionalidade dentro do problemático contexto histórico brasileiro do início do século 20. O poema é “Hino nacional”, mas

As margens do rio CarĂ­cias

As margens do rio CarĂ­cias

      O meu professor de latim dizia que os sentidos figurados das palavras pertencem à margem esquerda do rio da linguagem, pois o lado direito é território exclusivo dos significados concretos, entrecortados por uma imensidão de outros rios que

O CĂ£o sem Plumas

O CĂ£o sem Plumas

II Paisagem do Capibaribe (…) entre a paisagem o rio fluía como uma espada de líquido espesso. Como um cão humilde e espesso. Entre a paisagem (fluía) de homens plantados na lama; de casas de lama plantadas em ilhas

AniversĂ¡rio

AniversĂ¡rio

As bebidas. O violão. Os casais. Os casos passados com este e aquele. Falam alto e como riem! A fumaça, as baganas de cigarro pela sala. Um livro. Uma gravata. Uma garrafa de vinho. Uma calça de linho e

A Inimiga

A Inimiga

Terás que enfrentar o fel de minha cítara, a ira de minha lira. De ódio a ti, os lírios adquiriram espinhos. Recebi ordens expressas da lua para te enforcar em praça pública.   Versos do Amor & Outros Versos