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Prosa@Poesia
Galos-Ă­ndios

Galos-Ă­ndios

Meus poemas, minha melhor parte, Minha arte de cultivar a vida. Meu modo de esquivar-me da morte. Meus poemas, propriedade De todo o povo, Filhos das alegrias e das desgraças De toda sorte. Meus poemas, meninos libertinos: Dos quintais

Os domingos

Os domingos

Pessoas, de mãos dadas, Conhecendo outras pessoas. O encontro no campo de futebol, Na praia, no parque, nas feiras, Nos templos, nas festas. Os trabalhadores, além de pães, Compram jornais. O almoço recebe a visita da carne, E enfeita-se

Problemas da modernidade

Problemas da modernidade

      A tecnologia traz muitas soluções, mas até você chegar nelas, por muito sofrimento você vai ter que passar. Um bom exemplo disto foi o que aconteceu com um certo amigo meu que, na falta do que fazer, do

Sob o sol do planalto

Sob o sol do planalto

Que céu é esse que nos oprime com tanta luz? Que ponto é aquele em que nos vemos manhãs adiadas? Como estar seguro, se a claridade toma todos os cantos dessa terra sem cantos? De que nos vale tanta

Guerra Santa

Guerra Santa

No teu feriado ainda encontraste Um rio limpo e lá tua menina Esbaldou-se de alegria, Por ter aprendido a nadar. Tempo para cuidar de si, Ir à velha cidade, patrimônio da humanidade, Jogar sinuca com um amigo que mora

Mais uma vez, SertĂ£o

Mais uma vez, SertĂ£o

      Qualquer um sabia que Durvalina não duraria muito aqui. Com seus olhos de quem parte sempre, e suas vestes – ora brisa, ora ventania –, vivia de mirar o longe de si e o dentro da vida –

OraĂ§Ă£o do AndrĂ©

OraĂ§Ă£o do AndrĂ©

Uma vez no Araguaia, Ouvi de um peixe Que do amor de vocês dois Nasceria um fascinante menino. Desde o nascimento de Cristo Toda uma esperança quando nasce uma criança. Embora a inveja lance as flechas do quebranto E

Olga e Diogo

Olga e Diogo

      Ponto final. Olga Maria descascava uma bala e pensava em Sérgio. Cogitava do amor e suas dúvidas; do desejo e suas certezas, quando encosta um cidadão alto, tiposo, com um olhar sereno e longe. Cabelos negros e bastos,

Conversa de espelhos

Conversa de espelhos

      – O que ela ama em mim: o homem ou o amor que ele lhe oferta?       – Como é?       – Sou apenas o portador do afeto e do carinho que ela mesma depositou em mim ou

Coreografia

Coreografia

Fascinante idioma, Os signos de seu alfabeto São de carne, ossos e sangue. Cada músculo é uma letra, E cada gesto um sentimento. As Delícias do Amargo & Uma Homenagem poemas – Adalberto Monteiro Editora Anita Garibaldi, 2006 Adalberto