A carta – capĂtulo 9
– Pois não? – Tia? – Quem tá falando? – É Lucinda. – … – Lucinda, filha de Emerenciana, de Glória, sua irmã. Um sorriso alargou-se nas faces de dona Mariana
– Pois não? – Tia? – Quem tá falando? – É Lucinda. – … – Lucinda, filha de Emerenciana, de Glória, sua irmã. Um sorriso alargou-se nas faces de dona Mariana
Quando a carta de Argemiro chegou a Saco das Varas, ele já havia confirmado a identidade de seu Jorge. Mãe Gulóra, ou Maria da Costa Régis de Almeida, não se abalou. Até reclamou de Argemiro: –
Dona Inácia atende ao telefone enxugando as lágrimas. Tinha curtido quinze minutos de choro sentido, abraçada a si mesma, sem entender o porquê de tanta dor. Toda vez que olhava para a carta, o pranto se multiplicava em
As balas cravaram no seu corpo. A dor despertava o sono. Percebeu que estava vivo. Um placar luminoso anuncia: ESTÁ MORRENDO "Ninguém viu não sinhô…a gente só ouviu os tiros" SONOPLASTIA E POSICIONAMENTO DA CÂMERA:
Quando Argemiro chegou em casa, Lolinha percebeu um certo ar de novidade em seu rosto. Era o marido entrar com aquela cara, logo uma bomba estourava no meio da sala, pasmando toda a família e mais os agregados.
Na oficina de Toninho, seu Jorge conversa animado. Fala das vendas do dia, das empregadas de Perdizes, das donas casadas, descasadas e solteiras que transitam pelo bairro. Todo mundo ri um bocado com seu Jorge. Ele tem
O telefone toca. Enche de trinados a sala toda escura. Dona Inácia desperta de um salto. A cabeça ainda lateja um pouco, mas já está bem melhor. Por uns instantes, fica meio apalermada, sem saber onde está.
Saco das Varas, interior de Sergipe. Emerenciana mexe o feijão na panela e observa a filha à mesa da cozinha. – Qué que tu tanto rabisca aí, menina? – Nada não senhora. – De hoje
Na oficina em que me encontro tenho a nítida sensação de momentâneo fracasso. Será que nada muda? Olho com calma os carros, os pássaros, os meninos, o rio… Tudo passa, dizem. Mas a vontade é de que o eterno
– Tá caro, seu Jorge! – Caro, o quê? Tá quase o preço do Ceasa, dona. – Na banca do João Antonio, o papaya tá mais em conta. – Mas ele tem papaya bonito assim