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Prosa@Poesia
Caso

Caso

      Chegou arretada no trabalho e já começou a distribuir maus-dias na recepção. Tinha brigado com o namorado – na verdade, caso – e já não podia acreditar em mais nada, muito menos em homem.       Sentou diante do

Luzes de Natal

Luzes de Natal

      É verdade que o natal ainda está longe, também muito perto. Minha mãe, cheia de sacolas, arrastava-me pela mão e uma bandinha passava pela porta das lojas feito corso de carnaval. Ainda tinha o trilho do bonde, sem

Bruxedo

Bruxedo

      Podia Mariana adivinhar que não ia dar certo? Planejou tudo direitinho, nos mínimos detalhes e, no fim, a coisa desandou.       Na noite em que reuniu as amigas em sua casa, tinha imaginado o pátio, suas sete entradas

Mendiga requintada

Mendiga requintada

Certa vez no jornal Apareceu como algo exótico. Uma mendiga com trejeitos Nos modos de vestir. Certo arranjo nos molambos, Óculos vermelhos infantis. Sempre sua voz No miolo da cidade. Uma miserável altiva Que fixa a quantia mínima Ao

Tempos modernos

Tempos modernos

      Ele entrou no ônibus, pagou a passagem para o cobrador e ao passar a catraca deu uma panorâmica a procura de um bom local para sentar-se. Refletiu um pouco e sentou-se ao lado de uma destas universitárias com

Poema refletido na praia

Poema refletido na praia

Esquece a areia. Escolhe um rochedo tão duro quanto a vida e nele constrói teu castelo de pedras. Contra elas, nem o mar e nem o vento. Só as ininterruptas areias do tempo as podem desgastar.

Greve

Greve

Nas máquinas, o silêncio. Nas mãos, o silêncio. Sem boca, de talos cruzados sobre peitos cálidos de vapores, brota uma flor suspensa no rubro cair da tarde, na grave greve dos braços. As máquinas param. As mãos param. Todas

Pedinte

Pedinte

Os olhos que te perguntam esperam a resposta que te demora. Pudesse teu riso reproduzir; pudesse fazer-te minha finitamente pra sempre… Ah, quem dera me amasses, porque todo me faço d’amores. Não custava nada: só amar tão quanto não

Pedido de casamento

Pedido de casamento

      Parou o carro do lado da morena toda jambo e disparou, junto com um sorriso largo e franco:       – Casa comigo?       Ela abriu um outro sorriso, agora seu, todo alvura na carne escura, olhou marota, toda