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Prosa@Poesia
Abrupto

Abrupto

      Demorou muito até que percebesse que o sol findara no espaço. Correu tardiamente as persianas, como se lembrasse do calor que sentira em algum lugar nalgum tempo em que suava muito e pouco se comovia. Juntou papéis, arregimentou

Questões

Questões

      Quanto pode esperar aquele que há séculos espera? Como dizer à fome que aguarde o tempo em que pão e carne a extinguirão? O que dizer ao menino, há décadas sem escola, ou ao ancião, que nunca experimentou

Fruta TemporĂ£

Fruta TemporĂ£

Ia pelas rodovias do não, vinha pelos doídos domínios do cão. De onde eu vim, ninguém sai são. Por vezes, minha sede mergulhava em oásis, mas logo a garganta em compulsiva drenagem escarrava areia e sangue: tudo era miragem.

Esperando…

Esperando…

      Um povo triste esperava na enorme fila de emprego de uma rede de supermercados, e parecia não ter nenhum compromisso com o tempo – não este tempo cronológico que passou enquanto eu esperava o ônibus. O ônibus demorava

LiĂ§Ă£o

LiĂ§Ă£o

Toda a história se fez com homens e suas sempre renovadas baionetas. O mar que rugiu embaixo foi sempre o da rebelião: uma legião de miseráveis surgindo de seus túneis e deflagrando uma festa de balas e fome contra

O OfĂ­cio

O OfĂ­cio

São três horas. Sonolento, daqui confundo vaga-lumes e estrelas. A arma com a bala na agulha. Não me afobo, sei que o cheiro da fruta madura a seduz. De meu pai caçador herdei a paciência da espera. Já a

PodĂ³logo

PodĂ³logo

      Cinco amigos conversavam tranqüilamente, harmoniosamente, sem interferência de nenhum signo perturbador quando um dos quatro, sem motivo algum, de forma abrupta, com a única intenção de inserir a Discórdia na conversa, diz:       – Minha esposa, a Discórdia,

Teclo, logo…

Teclo, logo…

      – Que acontece com você? Sumido!       – Eu, sumido?       – É.       – Te vi ontem, maluca!       – Me viu, mas eu não te vi na internet. Aliás, tem tempo que não te vejo lá.

O cĂ£o Ă© o CĂ£o

O cĂ£o Ă© o CĂ£o

      – ô mãe! a senhora deixou o cachorro passar?       – a gente fala com ele, mas ele não escuta! dddddddddddddddddddddddd(uma frase extraída do cotidiano)       O descompromisso com a seriedade, aliado a insistência de um amigo nada