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Prosa@Poesia
Indesejada

Indesejada

      Horas de espera.       Subiu no elevador já passava das duas. Chegou ao piso no horário marcado. E agora, esperava horas.       Talvez não fossem horas, mas largos minutos: neles pareciam caber os séculos.       Perdeu a conta

Roubaram a lagosta

Roubaram a lagosta

      "Roubaram a lagosta" é o título da crônica escrita por Adoniran Barbosa em 1979, que comenta os atos de vandalismo que fizeram desaparecer as enormes lagostas do monumento da praça Júlio Mesquita, no centro velho da cidade.      

Ingaia

Ingaia

Ócios se acumulam na casa dos dias. Pontes, alamedas por onde andar, em que ponto do planeta estarão? Caos de todos os dias, Pontos de alucinação, Fogos da memória – onde encontrar o tempo em que haja tempo para

Como explicar?

Como explicar?

      – Pai o que é que tem na barriga da minha mamãe? Está tão grande.       – Um irmãozinho minha filha. Você não pediu um?       – Pedi pai, mas eu queria um que fosse como eu, que

Carta a José

Carta a José

      Pensei muito antes de escrever-te – em tuas palavras, em teus atos, em teus livros. Pensei nas noites varadas agarrado a uma jangada cruzando o atlântico – não em busca de Miami, mas do sul, do espaço entre

Piolhos

Piolhos

      Borrão na cena do crime. Ela olhou praquilo e logo pensou em Tonho. Sabia que ele ia aprontar uma, mais cedo ou mais tarde. Riu. Chamou Do Carmo. Lá veio ela de cabelo desgrenhado, cara de sono, dizendo

AvĂ´

AvĂ´

      Entrou na loja apoiando-se em si. Passos lentos, olhar úmido, punha, em cada gesto, uma concentração de tempo. Ajeitou o chapéu escuro, de massa, na cabeça calva. No rosto nordestino, beatífico, a calma de quem desistiu de todas

SĂ¡bado de sol

SĂ¡bado de sol

      – Laerço vai no bar do Maneco e compra uma caixa de foisfo. Mas oh, vem logo que o foisfo é pra fazê o armoço e esquentá o leite do minino que já começou a chora.       Era

Contra-ataque

Contra-ataque

      Fila do banco. Eu lá, aguardando minha vez, e uma doida tagarelando. Tagarelando, não, berrando, que era pra todo o mundo ouvir:       – … porque meu pai era advogado. Advogava para Perdizes inteira. E você veja: eu,