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    Thiago de Mello se despede para permanecer conosco

    No dia 14 de janeiro de 2022 parte, aos 95 anos, o poeta amazonense Thiago de Mello, autor de poemas célebres como Os Estatutos do Homem e Madrugada Camponesa, e traduzido para mais de 30 idiomas. Este especial reúne vídeos, textos, entrevistas e imagens da "Casa de Maurício", como ele chamava a Fundação Maurício Grabois, entre outros conteúdos para lembrar a grandeza do poeta. Neste momento de adeus, lembramos quando, ao final do sarau na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, em que comemorou seus 90 anos, ele despedia-se com uma estrofe repartindo seu canto de amor para permanecer com seus convidados: “Não tenho caminho novo/ o que tenho de novo é o jeito de caminhar./ Mas com a dor dos deserdados/ e o sonho escuro da criança que dorme com fome/ aprendi que o mundo não é só meu./ Mas sobretudo aprendi/ que na verdade o que importa/ antes que a vida apodreça/ é trabalhar na mudança do que é preciso mudar/ cada um na sua vez/ cada qual no seu lugar”

    • Dom Quixote e o computador

      23 de janeiro de 2009

      A triste figura do cavaleiro a pé Sem deus nem fé na loteca esperta Desperta compaixão no jugo da ilusão Computa dor de catador de lendas Comprador de fazendas e tecido de estória Sítios arqueológicos e irracionais Oferta de jornal Dos povos ama zonas francas e meretrícios Rasos da pororoca À espera do trem da […]

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    • Amazônia: conhecer, preservar, desenvolver…

      1 de junho de 2007

      “Da altura extrema da Cordilheira, onde as neves são eternas, a água se desprende e traça um risco trêmulo na pele antiga da pedra: o Amazonas acaba de nascer. A cada instante ele nasce. Descende devagar, sinuosa luz, para crescer no chão. Varando verdes, inventa o seu caminho e se acrescenta. (…) Planície que ocupa […]

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    • Como nasce o poema

      23 de maio de 2007

            Para que, ou a quem tenta falar alguém que se dedica a escrever poesia? E por que ainda insiste em fazê-lo, sabendo ser seu ofício tido como de inutilidade pública? Para que serve a poesia? A quem se dirige o artista da palavra, na solidão que ele mesmo busca ter, mergulhado na insônia e […]

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    • A Fruta Aberta

      Thiago de Mello16 de março de 2007

      Para Anamaria Agora sei que sou. Sou pouco, mais sei muito, porque sei o poder imenso que morava comigo, mas adormecido como um peixe grande no fundo escuro e silencioso do rio e que hoje é como uma árvore plantada bem alta no meio da minha vida. Agora sei as coisas como são. Sei porque […]

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    • Uma homenagem à poesia – 80 anos de Thiago de Mello

      1 de junho de 2006

      Hoje é um dia muito especial, tenho certeza. Não só para mim, mas para todos que aqui estão, seus amigos, admiradores, parlamentares. Confesso que não sabia, como não sei ainda, o que dizer para homenageá-lo, mas para mim este ato por si só já expressa o quanto o estimamos, reconhecemos e agradecemos pela sua obra, […]

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    • O poeta e sua cidade

      1 de maio de 2004

      A civilização floresceu com o nascimento das cidades – espaços de troca, convívio e proteção contra as ameaças e incertezas da sorte. Nasceram do sonho e da necessidade do ser humano de se fixar e pertencer a algum lugar. Por isso temos essa relação existencial com a cidade onde nascemos. Somos fruto do chão onde […]

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