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Parque industrial
26 de dezembro de 2002Meu canto não é mais canto por não estar na boca dos homens. Ele é geografia que se tece por entre usinas e corporações; é arquitetura que se ergue nas torres sem pudor ou retinas de consciência. É sinfonia que se rege por pistões, robôs e hortaliças minerais; pronto e inacabado a cada férrea manhã […]
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A procura de Rosa
26 de dezembro de 2002Enquanto o avião pousava, meu pensamento voltava-se para Rosa. Cheguei cansado, mas no dia seguinte saí a sua procura. Andei pelo entorno da base aérea de Maxell, nos "bairros negros", lá encontrei vários hospitais de veteranos. Fui a rodoviária; os negros segregavam-se junto aos mexicanos ilegais. Desci a avenida Dexter olhando para todos […]
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O palácio
25 de dezembro de 2002Um santo austero violenta tua sala morta e nem sabes que a prata queima seu brilho entre verdes umidades. Guardas junto às tuas paredes as memórias e tudo cheira a omissão e violamento. Brutalizam teu quintal os muros e as flores perdem todo alvitre e fulgor. Sobre fortunas e terror foste escrito e sobre braços […]
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