O partido revolucionário da classe operária brasileira

O Partido Comunista do Brasil nasceu em 25 de março de 1922 sob influência da Revolução Russa de 1917, comandada por Lênin e o Partido Bolchevique. Em seu 1º Congresso reuniu nove dirigentes proletários: Astrojildo Pereira (jornalista), Cristiano Cordeiro (advogado), Joaquim Barbosa (alfaiate), Manuel Cendón (alfaiate), João da Costa Pimenta (gráfico), Luís Pérez (vassoureiro), Hermogêneo Fernandes da Silva (eletricista), Abílio de Nequete (barbeiro) e José Elias da Silva (pedreiro). Eles representavam 73 militantes de associações políticas de trabalhadores do Distrito Federal, e dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Há notícias de que delegações de Santos (SP), Juiz de Fora (MG), Passo Fundo e Livramento (RS) não conseguiram ir a Niterói (RJ) para participar do Congresso onde nasceu esta experiência vitoriosa que, em 2002, completa 80 anos de atividade contínua. Em defesa dos trabalhadores e do povo brasileiro

O Partido Comunista do Brasil sempre esteve na vanguarda da conquista e defesa dos direitos sociais, trabalhistas e democráticos do nosso povo. Persistiu na organização do proletariado da cidade e do campo, liderou greves memoráveis, ajudou a construir sindicatos. Seu nome está associado às grandes lutas e conquistas avançadas, materiais e espirituais, da sociedade brasileira. Difundiu a teoria avançada

Em seus 80 anos de vida, o Partido fez esforços para divulgar o marxismo-leninismo, a teoria revolucionária do proletariado. Publicou continuamente obras clássicas, livros, materiais e diversos jornais e revistas. Edita até hoje seu órgão central, o jornal A Classe Operária, fundado em 1º de maio de 1925. Em 1981 criou a revista Princípios. Em defesa do Brasil

É o Partido da defesa da soberania nacional e da luta contra a dominação imperialista. Em 1934 liderou a Aliança Nacional Libertadora (ANL), um amplo movimento que envolveu amplos setores da sociedade brasileira em torno de um programa nacional e democrático, contra a exploração de nosso povo. Na atualidade propugna a formação de um amplo movimento cívico em defesa do Brasil, da democracia e do trabalho – por um novo rumo para o país. O Partido da luta

Em sua trajetória, o Partido teve de variar as formas de atuação, enfrentou adversidades e sofreu ataques das forças reacionárias, mas nunca fugiu à luta. O sangue de seus militantes se inscreve nas páginas da luta de nosso povo pelo progresso social. Em 1935 comandou a insurreição comunista; nos anos 70 enfrentou a ditadura militar nas selvas do Araguaia, lutando pela liberdade e pela democracia. Crítica e combate ao neoliberalismo

O Partido ajudou a conceituar e fundamentar a crítica ao neoliberalismo na década de 90. Em plena turbulência da crise do socialismo no Leste europeu e na ex-União Soviética, os comunistas brasileiros se esforçaram para desenvolver a teoria marxista e reafirmar a defesa do socialismo científico concomitantemente à produção de idéias e à ação prática que contribuíram para desmascarar a implementação do projeto neoliberal no país, sob os governos de Collor e principalmente de Fernando Henrique Cardoso. Por um Brasil socialista

Em sua história, o Partido teve de dar o salto necessário para superar a pouca assimilação da teoria revolucionária, compreender os princípios do marxismo-leninismo e aprofundar o conhecimento da realidade brasileira. A reorganização ocorrida na Conferência Extraordinária em 1962 – que completou 40 anos em 18 de fevereiro de 2002 – combateu o revisionismo, que levou a União Soviética a trilhar o caminho do retorno ao capitalismo, e reafirmou a continuidade do Partido Comunista do Brasil fundado em 1922. Em 1995 o Partido aprovou o Programa Socialista, que desenvolve a compreensão da construção do socialismo a partir da realidade concreta brasileira. Às vésperas de completar 80 anos, o Partido realizou seu 10º Congresso – o maior de sua história – propondo um novo rumo para o Brasil.

EDIÇÃO 64, FEV/MAR/ABR, 2002, PÁGINAS 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39