China
“(…) A atual política econômica implantada na China após a eclosão da crise asiática, baseada na formação de um mercado interno de massas e tendo como meio o alavancamento infra-estrutural, é mais uma prova da capacidade chinesa de enfrentar seus desafios tanto internos quanto externos.
A este lado do mundo coloca-se a tarefa imediata de desmistificar falsos desafios (inflação) e enfrentar nossos verdadeiros desafios.
Os comunistas chineses são exemplos para tão árdua tarefa.”
Elias Jabbour
São Paulo/SP

Cultura
“(…) Cultura como filosofia de governo gera renda, é social, ampla os horizontes. Por isso mesmo, devemos estar abertos a importar e exportar culturas. Este é o motor da mudança; pelo intercambio e a troca nos desenvolvemos. A cultura integra ações, dá sentido às realizações e reformas dos governos. Ela é o fio condutor que une o direito à saúde, ao transporte, à moradia, à escola, ao trabalho, à cidadania. Com a cultura, é só com ela, conduziremos nossa sociedade à igualitária democracia, recolocando os cidadãos no caminho da emancipação humana.
Um programa de governo pautado no princípios da cidadania cultural administra de forma integrada, sistêmica. Reconhece no patrimônio histórico e cultural a base para toda a sua ação, preservando todos os bens que constituem em referencias fundamentais para a afirmação e construção de nessas identidades. Forma consciência; oferece alternativas e amplia o repertorio cultural do povo. Informa, democratiza o conhecimento, respeita as diferenças. Convida as pessoas a refletirem sobre a realidade. Cria. Transforma.”
Célio Turino
São Paulo/SP

Juros
“O Banco Central agiu em agosto: ampliou a capacidade dos bancos de concederem credito (o deposito compulsório sobre os depósitos à vista caiu de 60% para 45%) e reduziu a taxa de juros básica da economia em dois meio pontos percentuais, de 24,5% ao ano, para 22,0% ao ano.
È um começo, embora ainda falte muito para normalizarmos a situação econômica e para chegarmos mais perto dos níveis de taxas de juros de outros países, como a Coréia, onde a taxa de juros é de 4,5% ao ano, Chile (3%) ou China (2%).
A atual taxa continua muito elevada sob dois outros pontos de vista: 1) Com relação à taxa básica que prevalecia no período imediatamente anterior ao inicio da escalada de juros (setembro de 2002), ou seja, 18% ao ano; 2) Em termos reais, o atual nível da taxa básica significa uma taxa real esperada de quase 16% ao ano. (…)”
Carta IEDI
Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial

EDIÇÃO 70, AGO/SET/OUT, 2003, PÁGINAS 82